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Quatro feridos numa colisão rodoviária em Arronches que envolveu viatura de desencarceramento


Os Bombeiros Voluntários de Arronches foram accionados na madrugada desta segunda-feira, 18 de Novembro, para uma colisão entre dois veículos ligeiros de passageiros na Estrada Nacional 371, da qual resultaram quatro feridos, transportados para o Hospital.
Foram mobilizados para o local 12 operacionais auxiliados por três ambulâncias e a viatura de desencarceramento do Corpo de Bombeiros de Arronches e a ambulância dos Bombeiros de Monforte e Campo Maior.
A patrulha da GNR e a equipa das Estradas de Portugal tomaram conta da ocorrência.

Notícia: NorteAlentejo
Fotografia: Bombeiros de Arronches

Assinala-se hoje o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa


Durante três décadas, no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a comunidade internacional tem celebrado o trabalho dos jornalistas e de outros profissionais dos meios de comunicação.
Este dia destaca uma verdade fundamental: a liberdade de todos depende da liberdade de imprensa.
A liberdade de imprensa é a base da democracia e da justiça. Graças a ela, dispomos de todos os dados que necessitamos para formar uma opinião e interpelar o poder com a verdade.
E tal como nos lembra tema deste ano, a liberdade de imprensa representa a própria essência dos direitos humanos.
No entanto, em todos os cantos do mundo, a liberdade de imprensa está sob ataque.
A verdade é ameaçada pela desinformação e pelo discurso de ódio que procuram confundir os limites entre factos e ficção, entre ciência e conspiração.
A crescente concentração da indústria dos meios de comunicação nas mãos de poucos, o colapso financeiro de dezenas de organizações de notícias independentes e um aumento de leis e de regulamentos nacionais que sufocam os jornalistas estão a aumentar ainda mais a censura e a ameaçar a liberdade de expressão.
Enquanto isso, jornalistas e trabalhadores dos meios de comunicação são diretamente visados online e offline enquanto realizam o seu trabalho fundamental. São frequentemente assediados, intimidados, detidos e presos.
Pelo menos 67 trabalhadores dos meios de comunicação foram assassinados em 2022 – um aumento inconcebível de 50% em relação ao ano anterior. Quase três quartos das mulheres jornalistas sofreram violência online e uma em cada quatro foi ameaçada fisicamente.
Há dez anos, as Nações Unidas estabeleceram um Plano de Ação para a Segurança dos Jornalistas para proteger os trabalhadores dos meios de comunicação e acabar com a impunidade por crimes cometidos contra eles.
Neste, e em todos os Dias Mundiais da Liberdade de Imprensa, o mundo deve falar a uma só voz.
Acabar com as ameaças e os ataques.
Acabar com as detenções de jornalistas por fazerem o seu trabalho.
Acabar com as mentiras e a desinformação.
Acabar com os ataques contra a verdade e a quem a proclama.
Quando os jornalistas defendem a verdade, o mundo está ao seu lado.

(mensagem de António Guterres, Secretário Geral das Nações Unidas por ocasião do o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa

Casa do Benfica nº 1 em Campo Maior está de parabéns ao celebrar hoje o 72º aniversário


Fundadores da Casa do Benfica nº 1 em Campo Maior: (da esquerda para a direita) João da Mota Veiga, Francisco Restolho, Joaquim Nunes de Andrade Junior, João Mineiro, Rombão, Marciano Cipriano, Calaço e João Cardoso


Fundada a 20 de abril de 1952, a Casa do Benfica em Campo Maior, a número 1 do Clube em todo o mundo, está de parabéns ao celebrar hoje o 72.º aniversário.
O atual presidente da Casa do Benfica em Campo Maior, Miguel Gama Minas, exalta os 72 anos da embaixada e a responsabilidade que acarreta ser a Casa número 1 do Glorioso.
"Ser a Casa número 1, num universo de quase 300 Casas, Filiais e Delegações do Sport Lisboa e Benfica, acarreta muitas responsabilidades, mas também o fervor e amor da vila de Campo Maior à Mística do Clube", frisou.
(em cima) Sr. Andrade, Diretor do SLB, Diretor do SLB, Diretor do SLB, Diretor do SLB, Sr. João Mineiro e Sr. Calaça
(ao centro) Sr. Mota Veiga, Sr, Marciano Cipriano, Dr. Martinho Botelho, Dr. Francisco Pinheiro, Sr. João Rafael Cardoso, Sr. João Botelho e e Sr. Rodrigo Coutinho
(em baixo) Diretor do Jornal "O Benfica" Rebelo da Silva, Sr. João Mourato e Sr. José Tomatas

Recorde-se que a Casa do Benfica em Campo Maior, conforme documentam as fotos, foi inaugurada no dia 20 de Abril de 1952, e contou com a presença de uma comitiva do Sport Lisboa e Benfica, encabeçada por Manuel Abril Junior, presidente da direcção do clube à época. Dos orgãos sociais da 1ª Casa do Benfica no mundo faziam parte Francisco Gama Pinheiro (Presidente da Asembleia Geral), João Rafael Cardoso (Secretário-Geral), Joaquim Nunes de Andrade Junior (Presidente do Conselho Fiscal), e João da Mota Veiga (Presidente da Direcção).
O Campomaiornews endereça os parabéns à Casa do Benfica nº 1 em Campo Maior, pelo seu aniversário, desejando que continue a desenvolver as suas atividades, contribuíndo também para o desenvolvimento do concelho de Campo Maior.

Casa do Benfica nº 1 em Campo Maior entregou Voucher à Casa de Acolhimento os Cucos

A Casa do Benfica nº 1 em Campo Maior entregou ontem, 21 de Dezembro, um Voucher no valor de 600 €, à Instituição Casa de Acolhimento Residencial d'Os Cucos, em Elvas. O Voucher destinado à compra de equipamentos para as crianças da instituição, foi entregue pelo Presidente da Casa do Benfica, Miguel Minas à Diretora da Instituição, Patrícia Sardinha.
Recorde-se que esta ação resultou da iniciativa solidária levada a cabo pela Casa do Benfica em Campo
Maior, denominada "Convívio de Natal Solidário 2023", que tinha como objetivo a angariação de fundos para apoiar uma instituição de solidariedade social da nossa região, neste caso a CAR os Cucos, de Elvas.
A instituição, através da sua página na rede social facebook, publicando fotos do equipamento adquirido, já reagiu e agradeceu o gesto através desta mensagem: 
"A Casa do Benfica de Campo Maior promoveu no passado dia 16 de dezembro, um convívio de "Natal Solidário" que teve como objetivo a angariação de fundos para reverter para a Casa de Acolhimento Residencial d'Os Cucos.
Neste prisma, foi entregue pelo Sr. Presidente da CBCM, Miguel Minas, um voucher que permitiu adquirir equipamentos tecnológicos, nomeadamente, um computador portátil, um tablet e phones, resultante da iniciativa em apreço que permitiu angariar o valor de 600€.
Agradecemos ainda a todos aqueles que contribuíram para que esta iniciativa tivesse o sucesso tão desejado e que permitiu colmatar algumas das necessidades das crianças e jovens que estão acolhidas na Instituição.
Estes materiais são imprescindível para o auxílio do estudo e realização de trabalhos académicos.
Muito, muito obrigada. Estamos de coração cheio!"
Por seu lado, Miguel Minas, presidente da Casa do Benfica nº 1 em Campo Maior mostrou-se satisfeito com a iniciativa agradecendo aos sócios da Casa do Benfica pela adesão, adiantando que "estou, estamos, de coração cheio! Contem sempre conosco porque á nossa medida estaremos sempre aqui para ajudar", e acrescentou que "este o verdadeiro significado do Natal", e citando o saudoso Comendador Rui Nabeiro "como disse alguém grande, que ficou imortalizado, se nós quiséssemos o mundo seria muito melhor".

Casa do Benfica nº 1 em Campo Maior promove CONVÍVIO DE NATAL SOLIDÁRIO

A Casa do Benfica em Campo Maior (CBCM), a nº 1 do clube, realiza, mais um ano, o Natal Solidário, na edição 2023, no próximo dia 16 de Dezembro, pelas 13 horas, na Casa do Benfica.
Neste sentido, a CBCM apela a todos os seus associados a juntarem-se àquela que é a sua causa. O objetivo passa pela angariação de fundos para apoiar uma instituição de solidariedade social da nossa região.
Pretende-se com este convívio proporcionar um Natal um pouco "mais confortável" às crianças do Centro Infantil "Os Cucos", que foi a instituição escolhida para o efeito. A finalidade é tentar colmatar algumas das necessidades dessas crianças. De acordo com a informação prestada à CBCM pelos responsáveis do Centro de Acolhimento, computador portátil, tablet, phones para computador e telemóvel, são algumas das necessidades.
Foi ainda avançado pelos responsáveis da instituição que outra das necessidades passava por mobiliário. Por este motivo outra forma de ajudar será através da doação de mobiliário que já não seja utilizado por algum de vós ou amigo(a) (sofás de 2 e 3 lugares, roupeiros, camas e colchões individuais, cómodas e sapateiras).
Os responsáveis da Casa do Benfica de Campo Maior apelam aos associados que participem, no entanto, para quem por ventura não possa estar presente no convívio de dia 16 e pretenda colaborar será muito bem-vindo.
Para quem quiser juntar-se à iniciativa, a CBCM informa:
Inscrições dos sócios (até dia 13 de Dezembro) através do link: https://tinyurl.com/convivionatalcbcm
Donativos (inscrição no convívio e/ou outros) por mbway ou em numerário a qualquer membro da direção.
MBway: 969138558 (Miguel Minas) 965778657 (José Mexia) 965865395 (Nuno Corado)
No final, os responsáveis da CBCM, em seu nome e de todas as crianças que precisam de todos nós, deixam um MUITO OBRIGADO.

O novo papel da China que poderá levar a uma nova ordem internacional multipolar



OPINIÃO

À medida que a sua economia se fortifica, a China desempenha um papel cada vez mais influente na Ordem Internacional. Apostando principalmente no seu soft power através de iniciativas como a “Belt and Road Iniciative” (BRI) e o estreitamento de laços internacionais como o BRICS, a potência asiática estabelece-se como principal rival dos Estados Unidos da América (EUA) naquele que poderá vir a ser um mundo multipolar onde ninguém se consegue estabelecer como potência hegemónica.
A BRI é um projeto que visa criar uma vasta rede de caminhos de ferro, condutas energéticas, autoestradas e simplificações de passagem de fronteiras quer para Oeste quer para Sul. Este plano, como seria de esperar, incomoda os EUA, já que opera como impulsionador da moeda chinesa e alarga a sua esfera de influência. Porém, a administração Biden ainda não se demonstrou à altura desenvolver uma proposta económica que seja mais atrativa para os países envolvidos. Temos um cenário em que cada vez mais se olha para a China como um líder mais proveitoso a vários níveis, o que faz com que o ponto central da economia internacional se esteja a transferir para a Ásia. Muitos analistas enaltecem o sistema chinês, como é o caso de Henry Heller, professor de História na Universidade de Manitoba no Canadá, que afirma que esta emergência chinesa se deve a um amadurecimento da sua forma distinta de socialismo, algo que não passa de um eufemismo na classificação de um regime que apresenta claramente traços autoritários e cuja economia se centra em bases fundamentalmente capitalistas. Porém, uma coisa é certa, a sua abordagem aos assuntos exteriores tem sido mais perspicaz que a dos seus rivais ocidentais, o que se tem confirmado com o papel da China na resolução de conflitos, principalmente no Médio Oriente. Num momento em que as relações entre Washington e Riade se encontram mais frágeis que nuca, os chineses foram os responsáveis pelo restabelecimento das ligações diplomáticas entre a Arábia Saudita e o Irão (dois dos seus principais exportadores de petróleo), as quais se encontravam cortadas há cerca de sete anos, marcando assim um ponto de viragem em termos de influências externas na zona do Golfo Pérsico. Este acordo é de extrema importância e um passo enorme rumo à estabilidade da região: Os dois países reabrirão embaixadas, defenderão o cessar-fogo de abril de 2022 no Iémen, começando a trabalhar num plano que viabilize o fim a guerra civil no país, o Irão deixará de fornecer armas a rebeldes e vai ter ligações mais próximas com os países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG). Ao invés de promover conflitos intermináveis que resultam em banhos de sangue e que em nada têm contribuído para a consolidação e modernização do território, a China tem apostado na negociação e cooperação entre os países, algo de enaltecer, ainda que se abomine o seu sistema interno. Esta postura tem ganho popularidade, e países problemáticos começam a ver na China um líder do qual podem tirar mais partido a nível político e económico.

Os EUA, desde a II Guerra Mundial tem marcado presença em longos e dispendiosos conflitos (Vietname, Iraque e Afeganistão, por exemplo) e, analisando factos como a presença excessiva de fornecedores de equipamento bélico (mais do dobro dos soldados americanos em alguns conflitos), leva-me a crer que a postura americana em alimentar guerras no Médio Oriente, ao invés de as negociar, é motivada por influências de grandes companhias, que fazem das guerras um negócio extremamente lucrativo, e não apenas pelos interesses do Estado americano. Ainda que algumas intervenções, principalmente as específicas e de curta duração, tenham servido os princípios democráticos e dos EUA, está à vista que esta posição baseada na força pode ter sido um tiro no pé. Isto porque Pequim aproveitou a oportunidade de oferecer paz à região e ganhou a confiança destes países, tendo já na mira os seus objetivos geopolíticos, que passam, como referi anteriormente, pelo fortalecimento do Yuan e alargamento do seu soft power. Tal influência já se verifica nos países do Golfo, onde a tecnologia chinesa tem sido aplicada em larga escala e o petróleo vindo da Arábia Saudita começou a ser adquirido na sua moeda, deixando de ser exclusivamente em dólares americanos, o que leva a uma ainda mais feroz rivalidade na economia internacional.

Pode-se resumir esta presença chinesa no Médio Oriente em três etapas de cooperação: A primeira e mais importante é a cooperação energética, a segunda que passa pela criação de infraestruturas e facilitação do comércio e investimento e, por fim, a terceira aborda assuntos como a energia nuclear, os satélites espaciais e as chamadas novas energias.

A República Popular da China (RPC) também apresentou recentemente um plano de paz para o conflito na Ucrânia, algo que não passou de uma mera declaração de intenções por parte dos chineses, que se querem estabelecer como mediadores de conflitos internacionais, já que a resolução em si é ambígua e já era sabido de antemão que seria dificilmente aceite pelos ucranianos e pelo Ocidente.

É também conhecido que a RPC tem intenções de reformular a ordem do Direito Internacional através da especialização do tema no seu país, da aplicação de um Estado de Direito relacionado com a política externa, do estabelecimento de normas internacionais em áreas chave, da cooperação judicial internacional e da criação de mecanismos eficientes para resolver disputas internacionais. Isto torna ainda mais claro o papel que a China quer assumir no Sistema Internacional, e claramente não é o de potência secundária.

Em tempos que a cooperação EUA-China é fundamental para a paz mundial, a China está a dar um exemplo (em termos diplomáticos) que poderia ter sido seguido pelos EUA de forma a garantir um equilíbrio geopolítico e a cimentar a sua hegemonia. Assistiremos a uma mudança no Sistema Internacional? Há grandes hipóteses, porém resta-nos esperar pela retaliação dos EUA, que mesmo tendo ainda o estatuto de superpotência tem uma difícil tarefa em mãos.

Gonçalo Folgado Nabeiro

Festa em honra da Nossa Senhora da Enxara 2023



Aqui está o programa para a festa da Nossa Senhora da Enxara 2023. Desejamos a todos uma Feliz Páscoa

Rui Nabeiro, o Comendador que colocou a vila de Campo Maior no mapa



OPINIÃO

Manuel Rui Azinhais Nabeiro, ou apenas Rui Nabeiro, como era por todos conhecido, foi, sem sombra de dúvida, um ícone campomaiorense no setor empresarial, social, político e internacional e deixa um legado de importância incalculável.
O trampolim para este sucesso e reconhecimento tem o nome de Delta Cafés, a multinacional fundada em Campo Maior que transcendeu a sua terra natal sem nunca a deixar para trás. Para além da sua célebre importância para esta vila “raiana”, Rui Nabeiro e a sua obra tiveram um contributo inegável para Portugal em diversos setores, não ficando apenas pelo café e alargando-se a outros ramos como o da alimentação e bebidas, o do imobiliário, o da indústria e serviços e o do turismo e restauração (criação do Grupo Nabeiro).
Presente em diversas potências económicas mundiais, como Espanha, França, Luxemburgo, Suíça e China, a Delta dá o seu contributo à economia nacional através do aumento do volume de exportações, algo que consequentemente se irá refletir positivamente no Produto Interno Bruto (PIB), e a sua presença física no estrangeiro evita obstáculos associados à exportação, como taxas alfandegárias, distância e logística. Porém, a Delta não marca presença apenas nos “tubarões” económicos, estando também em países que se encontram em desenvolvimento financeiro, como o Brasil e Angola, algo que traz benefícios à empresa, é certo, mas também injeta capitais na economia e gera empregos, melhorando o nível de vida das populações locais. Isto mostra que o setor empresarial e social podem (e devem) “andar de mãos dadas”, algo que se tornou uma imagem de marca do Comendador.
O humanismo de Rui Nabeiro perante aqueles que consigo trabalhavam é facilmente observável e comprovado, e um exemplo disso foi a sua abordagem perante Timor e Angola, dois dos mais importantes produtores de café com quem a Delta trabalha. No ano de 2000, em Timor, pretendia comprar todo o café armazenado do país através de um programa que visava colaborar com o desenvolvimento do setor que empregava à data cerca de 100 mil famílias, e tal programa tinha também como objetivo travar o monopólio norte-americano que controlava grande parte da exportação de café de Timor-Leste. Já em Angola temos o exemplo da ANGONABEIRO, empresa do Grupo Nabeiro que surgiu após um convite do governo angolano para reabilitar a Unidade Fabril de Café LIANGOL, dar incentivos aos produtores locais e produzir o Café Ginga (100% angolano). Este plano veio estimular a produção angolana e ajudar não apenas as grandes e médias fazendas mas também pequenos agricultores. Este aumento na produção e consequente exportação, veio fomentar o crescimento económico angolano, um país da CPLP e um dos principais parceiros de Portugal.
Falar de Rui Nabeiro e da Delta sem falar em Espanha é uma tarefa quase impossível, tendo em conta as estreitas relações que sempre mantiveram. Desde o ínicio no contrabando até ter uma rua em seu nome na cidade vizinha de Badajoz, houve sempre uma associação simbiótica com o país vizinho: Em 2009, o então Rei D. Juan Carlos I deu a indicação para que fosse atribuido ao fundador da Delta a honrosa e prestigiada insígnia da Comenda da Ordem de Isabel a Católica, em 2011 foi nomeado Cônsul Honorário de Espanha no Alentejo com jurisdição nos distritos de Portalegre, Castelo Branco, Évora e Beja, e criando as instalações do Consulado em Campo Maior. A Bandeira e o Escudo Oficial do Consulado Honorário foram-lhe entregues por D. Francisco Villar e Ortiz de Urbina, o Embaixador de Espanha em Portugal na altura, ocasião em que Rui Nabeiro aproveitou mais uma vez para salientar a sua veia iberista: “Um passo importante para a nossa terra e para a nossa região, uma nomeação que aceito com grande honra, e com grande satisfação, que servirá para reforçar o elo de ligação e união entre Portugal e Espanha. Para mim, Espanha sempre foi um parceiro próximo a todos os níveis da minha vida.”
Ainda em 2011 foi-lhe atribuída a Medalha da Extremadura e em 2016 foi então dado o seu nome a uma rua na cidade de Badajoz. Já nos últimos dias, após o seu falecimento, Ignacio Gragera, Presidente da Câmara de Badajoz propôs a nomeação de filho adotivo da cidade ao Comendador, e declarou ao jornal Público que se tratava de “uma pessoa absolutamente fundamental não só para entender a história de Campo Maior, mas também da fronteira”. O autarca de Campo Maior Luís Rosinha, acrescentou ainda que o empresário foi “pioneiro do iberismo e das relações transfronteiriças”. Rui Nabeiro foi também nomeado Embaixador da EuroBEC – Eurocidade Badajoz, Elvas, Campo Maior, um projeto fundamental para aproximar territórios do interior ao mundo desenvolvido, com a criação da plataforma logística e cooperação em áreas fundamentais como a educação, a saúde, eventos, segurança, cultura, rede de transportes e mobilidade laboral transfronteiriça.
Tendo já o seu sucesso solidificado, o empresário campomaiorense tornou-se uma figura pública com uma notoriedade elevada, algo que lhe permitiu ombrear com altas figuras da esfera política nacional, desde Mário Soares a Jorge Sampaio, passando por Marcelo Rebelo de Sousa, Cavaco Silva e António Costa, por exemplo. Os seus méritos empresariais e sociais renderam-lhe diversas distinções de prestígio, como o grau de Comendador da Ordem Civil do Mérito Agrícola, Industrial e Comercial (atribuído pelo então Presidente da República Mário Soares em 1995), o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique em 2006, o grau de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Évora (Universidade que em 2009 instituiu uma Cátedra com o seu nome), o grau de Doutor Honoris Causa em Ciência Política pela Universidade Lusófona em 2012, recebeu a Medalha de Honra das cidades de Coimbra e de Lisboa e recebeu a Chave de Vila Nova de Gaia em 2021, e em 2022 foi-lhe atribuído mais uma vez o grau de Doutor Honoris Causa, desta vez pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, foi condecorado com a Medalha de D. Afonso Henriques pelo Exército Português e ainda lhe foi atribuído o Globo de Ouro de Mérito e Excelência da SIC. Todo este reconhecimento e prestígio deu ainda mais visibilidade à Delta e a Campo Maior, tornando-se cada vez mais um ponto de atração turística e de investimento.
Falando em Turismo e Investimento, a criação do Centro de Ciência do Café em 2014 foi uma preciosa modernização do antigo Museu do Café e tornou-se em mais um ponto de atração na vila de Campo Maior. Foi neste espaço que em 2022 foram recebidos vários embaixadores latino-americanos e se viu uma oportunidade de criar ligações pessoais, um dos seus pontos fortes, e de abrir caminho para negócios futuros, uma vez que são importadas cerca de 27 mil toneladas de café destes países. Por mais uma ocasião, a sua conhecida proximidade com os trabalhadores foi realçada: “Vou impressionado por duas coisas: o trabalho forte que fez esta família para desenvolver a empresa, mas sobretudo porque a base desse trabalho é a relação com os empregados. Pude perceber que todos os que aqui trabalham, sentem-se parte da família. E isso é um aspeto importantíssimo para crescer.” e “O que mais me chama a atenção na empresa, além dos bons resultados industriais, é a forma como mantém relações com o seu pessoal, de maneira harmónica. E a projeção social que vejo. Não é uma empresa que está longe da sociedade”, afirmaram os embaixadores peruano e dominicano, respetivamente, ao Diário de Notícias.
O seu envolvimento no Sporting Clube Campomaiorense trouxe mais uma vez Campo Maior aos holofotes nacionais. O seu investimento permitiu ter uma equipa do interior na Primeira Liga de futebol durante cinco épocas e até chegar a uma final da Taça de Portugal. Esta foi mais uma forma de promover o turismo e desenvolvimento da região e que permitiu levar mais longe a marca Delta.
Termino com duas frases de Presidentes da República, o timorense e o português, que resumem perfeitamente tudo aquilo que a obra do Comendador Rui Nabeiro representou, deixando a marca de alguém que transcendeu a sua vila e até o seu país, elevando-o ao estatuto de embaixador de Campo Maior, do Alentejo e de Portugal.
“Uma vida longa de grandes iniciativas empresariais, de criar emprego, riqueza para Portugal e para as comunidades onde a Delta estava instalada.” – José Ramos-Horta
“Rui Nabeiro foi um percursor, construiu uma marca global, com há poucas no nosso país, mantendo sempre a sede e o coração da sua atividade em Campo Maior, terra onde nasceu e deixa um generoso legado.” – Marcelo Rebelo de Sousa.

Gonçalo Folgado Nabeiro

A saga continua.... mobiliário urbano continua a ser alvo de destruição em Campo Maior


Agora foram os Ecopontos a arder. Na noite de sábado para domingo, na Rua Dom João de Portugal, perto da Escola Secundária em Campo Maior, os contentores dos Ecopontos, foram consumidos pelas chamas. Vandalismo ou não? não conseguimos apurar, mas tendo em conta os recentes acontecimentos.....
Há poucos dias, mais concretamente no dia 18 de Março, dávamos notícia: "Até quando vamos continuar a assistir a actos de puro vandalismo como este? Vandalismo gratuito que destrói, sabemos lá com que motivação, o mobiliário urbano da vila. São sinais de trânsito, são contentores dos ecopontos, são viaturas.... Todos os fins de semana as cenas se repetem. Até quando vão deixar que isto aconteça?"
A questão mantém-se: Até quando vamos continuar a assistir a actos desta natureza?

Faleceu o Comendador Rui Nabeiro. Campo Maior está de luto


Campo Maior está de luto. Faleceu o Comendador Manuel Rui Azinhais Nabeiro.

Na manhã de hoje, 19 de Março, fomos surpreendidos pelo comunicado enviado pelo Grupo Nabeiro, dando conta do falecimento deste ilustre campomaiorense.

"É com profundo pesar que a família Nabeiro informa que faleceu hoje, dia 19 de março, o Comendador Manuel Rui Azinhais Nabeiro, Presidente e Fundador do Grupo Nabeiro – Delta Cafés, aos 91 anos.
O espírito empreendedor e a sua ética de trabalho estiveram sempre presentes nos momentos decisivos da sua vida. Em 1961, criou a Delta Cafés, dando origem a um grupo empresarial que hoje lidera o mercado dos cafés em Portugal e hoje em forte expansão nos mercados internacionais.
Toda a família Delta está profundamente triste com esta perda e estende as sinceras condolências a todos aqueles que também hoje perderam um grande amigo. Estamos todos empenhados em continuar o seu legado e honrar a sua visão, continuando a produzir o melhor café do mundo, apoiando as comunidades locais e promovendo a sustentabilidade.
O Comendador Rui Nabeiro encontrava-se hospitalizado no Hospital da Luz, devido a problemas respiratórios.
A data e o programa das cerimónias fúnebres serão oportunamente comunicados."

O Campomaiornews, neste momento de profundo pesar, endereça os pêsames a toda a família do Comendador Rui Nabeiro.

Biografia | Manuel Rui Azinhais Nabeiro


Manuel Rui Azinhais Nabeiro nasceu a 28 de março de 1931, em Campo Maior, Portugal.
Filho de Manuel dos Santos Nabeiro e de Maria de Jesus Azinhais. Casou com Alice do Carmo Gonçalves Nabeiro e tiveram dois filhos - Helena Maria Gonçalves Nabeiro Tenório e João Manuel Gonçalves Nabeiro, que integram o Conselho de Administração do Grupo Nabeiro - Delta Cafés - e quatro netos Rui Miguel Nabeiro, atual CEO do Grupo Nabeiro - Delta Cafés, Rita Nabeiro e Ivan Nabeiro, que integram o órgão executivo, e Marcos Tenório Bastinhas.
Com o ensino básico de habilitações, logo nos bancos de escola se salientava dos demais colegas pela sua iniciativa e pela sua capacidade de liderança. Aos dezassete anos, após a morte do pai, assumiu os destinos da pequena sociedade familiar, a Torrefacção Camelo Lda.
O espírito empreendedor e a forte ética de trabalho estiveram sempre presentes nos momentos decisivos da sua vida e, em 1961, criou a Delta Cafés , dando origem a um grupo empresarial que hoje lidera o mercado dos cafés em Portugal e em forte expansão nos mercados internacionais.
Passados poucos meses da sua fundação, a marca Delta era distribuída em todo o país, abrindo um entreposto comercial em Lisboa, em 1963 e outro no Porto, em 1964.
Antes do 25 de abril de 1974, e por duas vezes, Rui Nabeiro foi nomeado presidente da Câmara Municipal de Campo Maior — em 1962 e em 1972 – voltando a exercer o cargo em 1977, sendo reeleito duas vezes, e mantendo-se no cargo até 1986, Com uma visão futurista e de ambição, fundou a Novadelta no ano de 1982 e dois anos mais tarde criou a maior fábrica de torrefação da Península Ibérica, existente na época.
O Grupo Nabeiro – Delta Cafés nasce em 1988 dando origem à criação de mais de duas dezenas de empresas e com intervenção direta em áreas tão diversas como a agricultura e vitivinicultura, distribuição alimentar e de bebidas, retalho automóvel, comércio imobiliário e hotelaria.
A Delta Cafés, na pessoa do seu fundador, Manuel Rui Azinhais Nabeiro, transportou para o modelo de negócio a essência relacional da magia do café. O relacionamento entre a Delta e os seus clientes é em todo idêntico ao do homem do balcão e do seu cliente de todas as manhãs, pois aprenderam juntos a confiar e a partilhar a vida no sabor e aroma de uma chávena de café.
Desde a sua fundação, a Delta assentou em valores sólidos e princípios que se reflectiram na criação de uma marca de Rosto Humano, assente na autenticidade das relações com todas as partes interessadas.
Pelo reconhecimento de mérito empresarial, foi-lhe atribuído o grau de Comendador da Ordem Civil do Mérito Agrícola, Industrial e Comercial – Classe Industrial, pelo Presidente da República Mário Soares, a 9 de Junho de 1995.
A 5 de Janeiro de 2006 foi novamente distinguido como Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Em 2007 inaugurou o Centro Educativo Alice Nabeiro, para dar resposta às necessidades extra-escolares das crianças de Campo Maior, um espaço orientado pela visão do seu mentor, que desde a sua raiz quis fazer do CEAN uma escola onde as crianças ambicionem ser empreendedoras, proactivas, talentosas e que se possam destacar pelo seu potencial.
Com o patrocínio da Delta a Universidade de Évora criou, em 2009, a Cátedra Rui Nabeiro, destinada à promoção da investigação, do ensino e da divulgação científica na área da biodiversidade. Ainda em 2009, recebeu uma das maiores distinções atribuídas pelo país vizinho e, por indicação do Rei de Espanha, foi honrado com a notável insígnia – A Comenda da Ordem de Isabel a Católica. Em 2010 foi nomeado Cônsul Honorário de Espanha, com jurisdição nos distritos de Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja.
Em 2012 recebeu o doutoramento “Honoris causa” em Ciência Política, atribuído pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Em 2021 foi homenageado pela Câmara Municipal de Coimbra com a Medalha da Cidade de Coimbra e, no mesmo ano, foi agraciado pela Câmara Municipal de Lisboa, com a Medalha de Honra da Cidade de Lisboa, e recebeu a Chave de Vila Nova de Gia, a mais alta distinção honorífica desse município.
Em Junho de 2022 a Universidade de Coimbra, sob proposta da Faculdade de Economia, atribuiu a Rui Nabeiro o Doutoramento Honoris Causa, pelo seu indiscutível mérito profissional e qualidades humanas que constituem uma referência inspiradora para toda a sociedade. No mesmo ano foi considerado o líder mais relevante e com melhor reputação de Portugal, segundo o estudo anual RepScore da Consultora OnStrategy.
Ainda em 2022 foi condecorado pelo Exército com a Medalha de D. Afonso Henriques – Mérito do Exército, 1.ª classe e agraciado com o Globo de Ouro de Mérito e Excelência – SIC, outorgado pela estação televisiva SIC.
Entre outras distinções conta-se o Prémio Personalidade de Confiança atribuído pelas Selecções do Reader’s Digest por diversas ocasiões e o Prémio Carreira Qualidade atribuído pela Associação Portuguesa para a Qualidade.