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Assinalam-se hoje os 385 anos do Dia da Restauração da Independência Nacional

 

Hoje, dia 1 de Dezembro, comemora-se o Dia da Restauração, que teve lugar há 385 anos, no ano de 1640. Por ser uma data importante, que se celebra como sendo um dia de feriado nacional, o Campomaiornews aqui deixa uma resenha da história associada a esta data.

"Dá-se o nome de Restauração ao regresso de Portugal à sua completa independência em relação a Castela em 1640, depois de sessenta anos de regime de monarquia dualista (1580-1640) em que as coroas dos dois países couberam ambas a Filipe II, Filipe III e Filipe IV de Castela.Nos anos imediatamente anteriores a 1640 começou a intensificar-se o descontentamento em relação ao regime dualista em parte dos membros da classe aristocrática, dos eclesiásticos (principalmente os jesuítas, que exploraram nesse sentido as crenças sebastianistas – e, em geral, «encobertistas») e acaso também entre os interessados no comércio com as províncias ultramarinas do Atlântico. (…) A má administração do governo espanhol constituía uma grande causa de insatisfação dos Portugueses em relação à união com Castela. Dessa má administração provinha o agravamento dos impostos. (…) A 6-VII-1628 era expedida a carta régia que, sem o voto das Cortes (por tradição, indispensável para que se criassem novos tributos), mandava levantar, por meio de empréstimo forçado, as quantias necessárias para a defesa, durante seis anos, de todos os lugares dos nossos domínios ameaçados pelos estrangeiros. A população mostrou logo a sua má vontade. (…) A tensão agravou-se quando o clero (cujos privilégios o isentavam de tais imposições) se viu também incluído na colecta geral. (…) Também no Ultramar surgiram protestos. (…) Em 1635 era estendido a todo o reino o imposto do «real de água», bem como o aumento do das sisas. Em 1634 confiava Olivares o governo de Portugal a uma prima co-irmã de Filipe IV, a princesa Margarida, viúva de Vicêncio Gonzaga, duque de Mântua. Ao mesmo tempo (fins de 1634) Miguel de Vasconcelos era transferido do seu posto de escrivão da Fazenda para as elevadíssimas funções de secretário de Estado, em Lisboa, junto da duquesa, cargo em que teve ensejo de desagradar muito aos Portugueses não partidários de Castela. (…) Num escrito editado em 1641, sob o título Relação de tudo o que se passou na felice aclamação, declara-se que D. António de Mascarenhas «fora a Évora a amoestar aos cabeças daquela parcialidade que não desistissem do começado e que, para que a empresa tivesse bom sucesso, pedissem amparo à Casa de Bragança». Era no duque, com efeito, que se pensava para chefe da insurreição e futuro monarca de Portugal independente; mas ele não achava oportuno o momento para tão grande aventura, e tratou de dar provas públicas de que reprovava a ideia. É de notar, todavia, que aos incitamentos internos se acrescentava um exterior, provindo da França, (…) então em luta com a Espanha, [que] se empenhava em impelir Portugal e a Catalunha contra o governo de Madrid. (…) Em 1638 tomou o conde-duque uma outra resolução que descontentou a nossa gente: a pretexto de os consultar sobre uma projectada reforma da administração do nosso País, convocou a Madrid grande número de fidalgos, e ordenou levas de tropas para servir nas guerras que a monarquia espanhola sustentava, sangrando assim Portugal das suas maiores forças. (…) O que veio dar mais impulso à ideia da independência foram as novas exigências do conde-duque. Em Junho de 1640, com efeito, insurgia-se a Catalunha, e Olivares pensou em mandar portugueses a combater os catalães revoltados, ao mesmo tempo que se anunciavam novos impostos. (…) Aderiram à conjura o juiz do povo, os Vinte e Quatro dos mesteres e vários eclesiásticos, entre os quais o arcebispo de Lisboa, D. Rodrigo da Cunha. Deram também a sua colaboração o doutor Estêvão da Cunha, deputado do Santo Ofício, e D. António Telo. Em Outubro realizou-se uma reunião conspiratória no jardim do palácio de D. Antão de Almada, a S. Domingos, em Lisboa. Assistiram, além dele, D. Miguel de Almeida, Francisco de Melo, Jorge de Melo, Pêro de Mendonça e João Pinto Ribeiro. (…) Teve também influxo na resolução a mulher do futuro Monarca, D. Luísa de Gusmão. (…) Chegado a Lisboa a 21-XI-1640, João Pinto Ribeiro convocou os conspiradores para uma reunião num palácio que o duque tinha em Lisboa e onde ele, João Pinto, residia. Decidiu-se estudar em pormenor o plano do levantamento, amiudando-se as reuniões. Por fim, marcou-se o momento de sublevação: 9 horas da manhã de sábado, 1.º de Dezembro. Na noite de 28 para 29 surgiram complicações, por haver quem julgasse que eram poucos os conjurados; mas João Pinto Ribeiro, a quem quiseram encarregar de transmitir ao duque o intuito de se adiar, opôs-se tenazmente a tal ideia, numa discussão que se prolongou até as 3 horas da manhã. (…) O dia 1.º de Dezembro amanheceu de atmosfera clara e muito serena. Tinham-se os conjurados confessado e comungado, e alguns deles fizeram testamento. Antes das 9 horas foram convergindo para o Terreiro do Paço os fidalgos e os populares que o padre Nicolau da Maia aliciara. Soadas as nove horas, dirigiram-se os fidalgos para a escadaria e subiram por ela a toda a pressa. Um grupo especial, composto por Jorge de Melo, Estêvão da Cunha, António de Melo, padre Nicolau da Maia e alguns populares, tinha por objectivo assaltar o forte contíguo ao palácio e dominar a guarnição castelhana, apenas os que deveriam investir no paço iniciassem o seu ataque. Estes rapidamente venceram a resistência dos alabardeiros que acudiram ao perigo e D. Miguel de Almeida assomou a uma varanda de onde falou ao povo. Estava restaurada a independência…"

Banda 1º de Dezembro de Campo Maior comemora a passagem do 89º aniversário



A Associação de Cultura e Recreio Musical 1º de Dezembro de Campo Maior celebra hoje, 1 de dezembro, os seus 89 anos com um concerto no Museu Aberto de Campo Maior, que terá lugar pelas 16 horas, com a participação da Dança Oriental.
A Banda 1º de Dezembro de Campo Maior, é uma das associações mais antigas do concelho, merece que se registe o seu aniversário.
Sediada no Largo do Barata, esta Associação, denominada de Sociedade Recreio Musical 1º de Dezembro, que é uma das mais antigas instituições de Campo Maior, tem contribuído ao longo dos anos para o desenvolvimento da cultura no concelho, em particular no que à música diz respeito.
A Banda, que tem Francisco Pinto como Maestro, conta actualmente com mais de duas dezenas de músicos, de ambos os sexos, no seu activo e possui todos os instrumentos necessários quer para a sua actividade quer para ministrar aulas a quem quiser aprender, sendo que neste momento a Escola de Música da Banda é frequentada por vários alunos, que o fazem de forma totalmente gratuita.

A História da Banda

A Banda 1º de Dezembro foi fundada em 1936, na altura com o nome de Academia dos Amadores Campomaiorenses, após um interregno de alguns anos em que Campo Maior ficou sem Banda, devido ao desaparecimento quase em simultâneo das duas Bandas até então existentes. Saiu a tocar em 1 de Dezembro de 1936, que foi considerada a data de fundação, sendo na altura dirigida pelo Maestro Lino Fernandes.
Tem mantido desde essa data uma actividade constante, tendo atingido numa 1ª. Fase o seu ponto alto quando foi convidada em 1952 a tocar na inauguração da ponte de Vila Franca de Xira, sendo que nessa altura possuía uma orquestra de jazz, que animava os fins-de-semana em Campo Maior e arredores.
Durante a década de 40 formaram-se em Campo Maior dois grupos de Jazz denominados “os Jotas” e a “Orquestra Vitória”, que eram compostos por músicos da Banda. O director da Orquestra Vitória era um antigo Maestro da Banda, parte da década de 40, António João Paio, e o Mestre dos Jotas, era o mesmo que da Banda, o 1º. Sargento Lourenço Alves. Anteriormente o Mestre António João Paio, tinha abandonado por ter tido umas desavenças com alguns músicos.
No ano de 1949, a Banda tinha um serviço e a orquestra Vitória também tinha um serviço. Nessa altura tentou-se impor aos músicos, que tocavam na orquestra que, em primeiro lugar estava a Banda, dado os instrumentos serem da mesma e não da orquestra. Esse facto levou a que alguns músicos abandonassem a Banda e que a orquestra tivesse comprado instrumentos para os seus músicos. Devido á rivalidade entre os músicos dos dois grupos musicais, a Banda quase parou a sua actividade.
A Banda nem sempre teve como sede a actual casa, onde se encontra desde 1949, de início a sede era na Rua Lourenço Caiola (Mouraria de Baixo), por cima do edifício da Casa do Povo. Em determinada altura ainda ensaiou no edifício da Câmara Municipal.
Posteriormente, em meados da década de 50, para efectuar serviços, a Banda tinha que se reforçar com músicos vindos de Elvas, e os músicos da nossa Banda iam reforçar a de Elvas, quando esta tinha serviços. Nas duas décadas seguintes foi-se mantendo o mesmo panorama, sendo que durante a década de 60 por duas vezes, o Maestro José Passão fez duas escolas de música, que deram alguns frutos e na década de 70, também conseguiam formar uma boa escola de músicos. Durante estes anos viveu um período algo conturbado, até que em 1980 se iniciou o actual projecto que tem mantido a Banda em actividade ininterrupta até aos nossos dias.
Foi dirigida pelo Maestro Manuel Canelas da Encarnação, o qual se manteve na sua regência até final de 1997, sendo esta assumida por João Manuel Gurriana Batuca, até 1999, desde o final de 1999 até há pouco, o regente foi Fernando Manuel Grifo Matias.
Actualmente a Banda conta na sua direcção musical com o Mastro Francisco Pinto. A Banda conta com mais de duas dezenas de músicos no seu activo e possui todos os instrumentos necessários para a sua actividade quer para ministrar aulas a quem quiser aprender.
A Banda 1º de Dezembro de Campo Maior foi fundadora da Federação de Bandas do Distrito de Portalegre e nessa qualidade integra a Além Tejo Música – Associação de Bandas Filarmónicas do Alentejo, sendo também sócia da Confederação das Colectividades de Cultura e Recreio.

Dois detidos por furto de azeitona em Campo Maior


O Comando Territorial de Portalegre, através do Posto Territorial de Campo Maior, no dia 18 de novembro, deteve um homem de 64 anos e uma mulher de 60 anos, por furto de azeitona no concelho de Campo Maior.
No âmbito de uma ação de patrulhamento realizada numa área rural ocupada por olival, naquele concelho, os militares da Guarda surpreenderam os suspeitos no momento em que estes procediam à apanha de azeitona sem autorização do proprietário, circunstância que motivou a sua detenção em flagrante delito.
A ação resultou na detenção dos suspeitos e na apreensão de diverso material, designadamente os utensílios utilizados na prática do furto, e 143 quilos de azeitona, que foram restituídos ao legítimo proprietário.
Os detidos foram constituídos arguidos, e os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Elvas.
A GNR recorda que se encontra a decorrer a Operação Campo Seguro, cujo objetivo é intensificar a sensibilização, o patrulhamento e a fiscalização nas explorações agrícolas e florestais em todo o território nacional, no sentido de reprimir a prática de crimes de furto de produtos e máquinas agrícolas, crimes de Tráfico de Seres Humanos em contexto laboral e prevenir a ocorrência de acidentes com veículos ou máquinas agrícolas e florestais.

Partido Socialista faz o pleno em Campo Maior, renovando maioria no Município e Assembleia


O Partido Socialista (PS) em Campo Maior, fez o pleno, ao vencer para a Câmara Municipal, Assembleia Municipal e para as três Assembleias de Freguesia.
No que respeita à Câmara Municipal, o PS renovou a maioria que já detinha em 2021, com a reeleição de Luís Rosinha.
Os resultados para a Câmara foram: PS - 2431 votos (elegeu 3 vereadores), SIM - 1604 votos (elegeu 2 vereadores), enquanto PCP/PEV - 451 votos, e CHEGA - 204 votos, não elegeram qualquer elemento.
No que respeita às Assembleias de Freguesia, apesar de ter vencido nas três, o PS apenas consegue maioria absoluta na Freguesia de Nª Senhora da Expectação.
Parabéns aos vencedores, e honra aos vencidos.
A partir de hoje Campo Maior está acima de tudo.

Convento de Campo Maior recebe visita da Paróquia da Santíssima Trindade de Badajoz


As Monjas do Covento da Imaculada Conceição, em Campo Maior, acolheram no dia de ontem, 11 de Outubro, a visita dos membros da Paróquia da Santíssima Trindade de Badajoz.
Foram cerca de uma centena de pessoas, com muita juventude pelo meio, que efetuaram a visita ao Convento. Como acontece frequentemente, esta paróquia da vizinha cidade de Badajoz, promove "acampamentos familiares", e integra pessoas oriundas de várias cidades espanholas, como Madrid, Sevilha, Cáceres e Burgos, que se juntam para visitar vários locais de culto.
Desta feita, sob a orientação de Esther Gutierrez, Médica em Campo Maior, da Carolina e da Piedade, como dirigentes do acampamento, Campo Maior foi o local escolhido para a visita. As Monjas do Convento, como é seu apanágio, receberam de braços abertos a iniciativa levada a cabo por esta paróquia. Durante a visita, houve lugar à celebração de uma homilia celebrada pelo Padre Jesuíta, José Miguel.
No final, as monjas disponibilizaram-se para dialogar com os elementos da paróquia, mantendo um interessante diálogo sobre os seus hábitos, as suas orações e a sua vida, que é levada em clausura. Foram momentos intensos, carregados de emoções, os levados a cabo no diálogo entre as monjas e os elementos da Paróquia da Santíssima Trindade de Badajoz.
















Assinalam-se hoje, dia 5 de Outubro, 115 anos da Implantação da República Portuguesa


Hoje é dia 5 de Outubro e assinalam-se os 115 anos da Implantação da República Portuguesa.
A implantação da República em Portugal foi levada a cabo por um movimento de cidadãos apoiantes do republicanismo nacional, a 5 de Outubro de 1910. Estes cidadãos não concordavam que Portugal fosse governado pela monarquia. Chefiados por Teófilo Braga, os cidadãos procederam a um golpe de estado, destituíram a monarquia constitucional e implantaram o regime republicano.
Após a proclamação da República foi criado um governo provisório chefiado por Teófilo Braga. Em Agosto de 1911 foi aprovada uma nova Constituição, tendo início a Primeira República Portuguesa.
Com esta mudança foram alterados alguns símbolos do país como o hino e a bandeira nacional, que passou de azul e branca para verde e vermelha.

Campo Maior recebe abertura da Semana Europeia do Desporto 2025


Semana Europeia do Desporto 2025 arranca no dia 23 de setembro, às 14h30, nos Cafés Delta, em Campo Maior, com a cerimónia de abertura nacional. O evento contará com a presença da Ministra da Juventude, Cultura e Desporto, Margarida Balseiro Lopes, e do Secretário de Estado do Desporto, Pedro Dias.
A iniciativa é promovida pela Comissão Europeia e coordenada em Portugal pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), em colaboração com entidades públicas e privadas. O objetivo passa por incentivar a prática regular de atividade física e desporto ao longo do ano.
O programa da sessão de abertura inclui a apresentação do diagnóstico da prática de atividade física em Portugal, «Tempo: A Nova Moeda», por João Miguel Rodrigues. Segue-se uma mesa redonda intitulada «Organizações Ativas: Investimento em Saúde, Produtividade e Valor», com a participação de representantes da Delta Feel Good, da Universidade de Évora e de especialistas da área. Será ainda apresentada a medida «Atividade Física em contexto laboral», integrada no PRR através do Sistema Universal de Apoio à Vida Ativa (SUAVA).
No Alentejo, a Direção Regional do IPDJ vai dinamizar diversas atividades no âmbito da Semana Europeia do Desporto. As iniciativas vão decorrer em Campo Maior, Ponte de Sor, Grândola, Beja, Mértola, Estremoz, Vendas Novas e Portalegre.
A edição de 2025 desenvolve-se em torno de vários temas, como «#Beactive @Work», «#Beactive Sénior», «#Beactive Crianças e Jovens», «#Beactive Famílias Ativas», «#Beactive Night», «#Beactive Outdoor & Lazer Ativo», «#Beactive Inclusivo» e «#BeActive Associativismo Desportivo».
O mote central da campanha é «#Beactive», incentivando a população a adotar estilos de vida mais saudáveis, não apenas durante a Semana Europeia do Desporto, mas durante todo o ano.



Movimento SIM por Campo Maior não foi convidado para o debate da TV "Conta Lá"


O Movimento SIM por Campo Maior não foi convidado para o debate da TV "Conta Lá".
De acordo com o que apurámos junto de elementos ligados à candidatura do Movimento SIM, que mostraram surpresa pela notícia que publicámos hoje de manhã, o movimento independente não terá sido convidado para o debate que já foi gravado no passado domingo, dia 14 de Setembro.
O Campomaiornews publicou na manhã de hoje a notícia sobre o debate a acontecer na TV Conta Lá, com base na informação que o próprio canal apresenta no seu site na internet, e na grelha de programação do mesmo. Longe de sabermos que o debate já tinha sido previamente gravado, e de outra qualquer informação, avançámos com a notícia que acabou por apanhar de surpresa o próprio Movimento SIM por Campo Maior.
Alegadamente, a razão pela qual não foram contactados para a participação no debate prende-se com os critérios adoptados pelo canal que contactaram apenas os partidos que tinham representação nos órgãos municipais, nomeadamente na Assembleia Municipal, obtidos nas eleições anteriores (ver imagem em baixo).


Resposta do canal Conta Lá, na sua página do Facebook, sobre o debate no concelho de Alandroal

A ser assim, achamos que os critérios adoptados, acabam por não dar a oportunidade aos que se apresentam de novo na corrida às eleições autárquicas, podendo inclusivamente violar o Princípio da Igualdade consagrado na Constituição da República Portuguesa.
Pela nossa parte, desconhecendo totalmente os factos, lamentamos o sucedido, e apresentamos as nossas desculpas aos nossos leitores. Entretanto, o debate, já previamente gravado, irá então para o ar, com apenas as três forças políticas, PS, CDU e CHEGA, no dia 21 de Setembro pelas 19 horas.

Debate entre os candidatos à Câmara de Campo Maior, na TV no Canal Conta Lá, dia 21 pelas 19 horas


No próximo domingo, dia 21 de Setembro, pelas 19 horas, poderá assistir ao debate televisivo entre os quatro candidatos à Câmara Municipal de Campo Maior.
A transmissão é feita no Canal de TV "Conta Lá". O canal é um novo player na transmissão de debates às eleições autárquicas deste ano: o Conta Lá. Não se trata exatamente de um novo canal de notícias, mas sim de uma plataforma de media que combina televisão broadcast com distribuição digital. Para marcar a estreia o canal decidiu avançar com uma operação “especial autárquicas” que se propõe a realizar debates entre os candidatos às eleições autárquicas em todos os 278 municípios de Portugal Continental.

Para assistir, pode selecionar o canal, conforme o seu operador:
MEO - Canal 15
NOS - Canal 123
Vodafone - Canal 999
Pode ainda ver através do canal do YouTube

Depois do debate levado a cabo pela Rádio Campo Maior, os campomaiorenses têm agora uma nova oportunidade de assistir, desta vez através da televisão, a um novo debate de ideias entre os candidatos dos vários partidos e movimentos que se apresentam às eleições autárquicas.





Eurocidade - Cooperação é ferramenta privilegiada para o desenvolvimento da região


Longe vão os tempos das disputas, das lutas e das guerras, pelo território e pela soberania, entre estes dois povos.
Portugal e Espanha estão juntos desde que nasceram. A península Ibérica desde sempre foi única e foi o centro do Mundo. Foram várias as civilizações que por aqui passaram. E todas elas deixaram as suas marcas. E com todas elas aprendemos e soubemos criar uma identidade própria que, mais tarde, soubemos espalhar pelo Mundo inteiro. Internamente lutámos pela independência, pela autonomia, resultando dai a criação dos dois países actuais, Portugal e Espanha. Criaram-se fronteiras que dividiram o território durante séculos. Mais do que isso, estes dois países chegaram a dividir o mundo em duas partes, levando cada um deles, além fronteiras, a sua cultura e o seu saber. Fomos o centro do mundo.
Através das expedições marítimas, na época dos descobrimentos, foi da península ibérica que se espalhou, e fomentou, o conhecimento. Com os feitos conseguidos bem podemos afirmar que, a partir daqui, nasceu a chamada globalização. Mas tudo isto consta dos compêndios da história. Está nas nossas memórias enquanto povo com identidade própria.
Hoje a realidade é outra, e bem diferente. Com a adesão dos dois países à então Comunidade Económica Europeia, hoje União Europeia, as fronteiras que então dividiam o território, transformaram-se em linhas imaginárias que apenas fazem uma divisão administrativa. Voltámos a viver num espaço comum, agora mais alargado a grande parte da Europa. Passámos a ser cidadãos da Europa, mantendo contudo a nossa identidade própria. É nesta nova realidade que tudo hoje se desenvolve.
Neste contexto, as duas regiões contíguas, Alentejo e Extremadura espanhola, estão mais próximas que nunca. De costas voltadas no passado, passámos a dar as mãos de caras ao futuro. Estas duas províncias vizinhas têm hoje na cooperação a ferramenta privilegiada para o desenvolvimento, a todos os níveis. Isoladamente não passavam, cada uma delas, de regiões periféricas dos seus países. Em conjunto, numa comunhão de esforços, podem passar a ser o centro da península Ibérica, criando uma região próspera, numa localização estratégica, à entrada do espaço comum europeu. Já existem muitos projectos comuns em andamento, aproveitando as vias de comunicação existentes, tais como a construção da linha férrea de alta velocidade, o TGV, e a implementação da Plataforma Logística do Sudoeste Europeu. A actividade económica, através do turismo, da cultura, da história, entre outras, pode ser potenciada de forma a transformar esta região peninsular numa região de progresso e bem estar.
Foi entretanto criada a EUROBEC - Eurocidade Badajoz Elvas, Campo Maior, que parece estar um pouco adormecida. A verdade é que são dois países, duas regiões, que hoje vivem num espaço comum e com interesses comuns. O objectivo é promover, e dar a conhecer, os grandes projectos que se desenvolvem em comum, as culturas, as tradições, a história, a gastronomia, enfim, potenciar todas as vertentes no intuito de promover o desenvolvimento, que se deseja, para estas duas regiões que, afinal, acabam por ser uma só.
Esperamos que de uma vez por todas, com a plataforma logística e com o comboio de alta velocidade terminado, tudo o resto - leia-se desenvolvimento - apanhe boleia, e a região se torne realmente no centro da Península Ibérica. Assim os responsáveis o queiram, porque, afinal, este poderá ser um instrumento fundamental para combater os problemas do interior.

Joaquim Folgado