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Mosteiro em Campo Maior acolheu Profissão de Votos Simples de Soror Carmen Maria dos Anjos


A Profissão de Votos Simples de Soror Carmen Maria dos Anjos, da Ordem da Imaculada Conceição, teve lugar este sábado, dia 8 de Fevereiro, nos Claustros do Mosteiro da Ordem, em Campo Maior.
A cerimónia foi presidida pelo Arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, perante uma igreja repleta de familiares, amigos e fiéis.
O vice-presidente da Câmara Municipal de Campo Maior, Paulo Pinheiro, também marcou presença neste acto.









Concerto de Reis de Eugenio Monge, no Convento da Imaculada Conceição em Campo Maior


Eugenio Monge, "Venid acá pastorcitos" com o Coro das Irmãs do Convento de Santa Beatriz e Matthias Müller, levaram a efeito, na passada segunda-feira, dia 6 de Janeiro, dia de Reis, na Igreja do Mosteiro da Imaculada Conceição, o Concerto de Reis.


“Vivemos enamoradas da nossa forma de vida” Monjas de Campo Maior à Rádio Renascença


Joana Filipa da Silva, de 31 anos, é uma das 20 monjas de clausura da Ordem da Imaculada Conceição. Em entrevista à Renascença, a partir do Mosteiro de Campo Maior, fala do crescimento de vocações que têm recebido e dos preparativos para a celebração do 8 de dezembro, que culminam com uma grande procissão e a inauguração de um presépio que pode ser visitado até 2 de fevereiro.

A relação de Portugal com a Imaculada Conceição existe desde os alvores da nacionalidade. Algumas crónicas dizem que D. Afonso Henriques andava sempre acompanhado de uma imagem da Imaculada e que posteriormente, em 1149, a ofereceu ao Mosteiro de São Vicente, em Lisboa. Na Torre do Tombo há um documento com a representação da Imaculada, datado de 1189.
A devoção espalhou-se capilarmente pelo território português, incluindo o Alentejo, no século XIII, já no reinado de D. Dinis. A Universidade de Coimbra, fundada em 1290, reconheceu desde logo a concepção Imaculada da Virgem Maria, ao ponto de exigir que os professores só pudessem ensinar se jurassem perante uma imagem da Virgem da Mãe de Jesus. D. Nuno Álvares Pereira - Condestável do Reino de D. João I, Mestre de Avis, e que hoje a Igreja venera como S. Nuno de Santa Maria - foi o primeiro a erigir uma igreja dedicada à Senhora da Conceição.
Esta devoção foi-se espalhando por toda a Península Ibérica, sobretudo através da ação dos franciscanos, e foi neste contexto que viveu Santa Beatriz da Silva, uma portuguesa nascida em Campo Maior, em 1424, e que após muitas vicissitudes fundou, nos finais do século XV, a Ordem da Imaculada Conceição – a ordem de clausura das irmãs concepcionistas.
Após a restauração da nacionalidade, em 1640, D. João VI decide confiar à Imaculada Conceição a soberania de Portugal e em 1646 coroou-a Rainha de Portugal. Desde então, nunca mais os reis portugueses usaram coroa e mesmo depois da instauração da República a devoção à nobre padroeira continuou.
Sôr Joana Filipa da Silva, de 31 anos de idade, é uma das 20 monjas que vivem nesta altura no Mosteiro de Campo Maior, e falou com a Renascença sobre a congregação e sobre a Solenidade de 8 de dezembro, que assinalam sempre de forma especial.

ENTREVISTA

Começo por lhe perguntar o que é a Imaculada Conceição?

A Imaculada Conceição é Nossa Senhora no mistério da sua total pureza e da sua total ausência de pecado. Imaculada significa 'sem mácula', ou seja, sem mancha, e dizem-nos as nossas Constituições que "estreitamente unida a Cristo, Maria foi predestinada desde toda a eternidade para ser a Mãe de Deus e para isso foi enriquecida desde o primeiro instante da sua concepção com uma santidade inteiramente singular.
Maria foi concebida sem pecado e em momento algum da sua vida, por desígnio de Deus e em previsão dos méritos futuros da morte de Cristo, conheceu o pecado. E este é um dogma que foi aprovado pela Igreja pelo Papa Pio IX em 1854.

E que está muito ligado ao início da vossa Ordem. Qual é o carisma da vossa congregação?

O nosso carisma é, como também dizem as nossas Constituições, o serviço, a contemplação e a celebração do mistério de Maria na sua Imaculada Conceição. Para tal, procuramos viver as atitudes de Maria no seguimento de Cristo.
Desde a nossa clausura, e como concepcionistas, somos chamadas a viver como hóstias vivas, entregando-nos em oração incessante por toda a humanidade.

E em que é que a vida de Santa Beatriz da Silva vos inspirou?

A vida de Santa Beatriz inspira-nos, em primeiro lugar, pela sua espera perseverante. Esperou 30 anos para saber a vontade do Senhor a respeito da fundação da Ordem. Depois também pelo seu silêncio e ocultamento, que mais de 500 anos depois continua a falar, porque Santa Beatriz não nos deixou uma única palavra. E ainda também pelo seu cuidado maternal e fraterno com as irmãs, que foi uma característica muito forte que nos deixou para nós.

Além de ser Rainha dos Portugueses, que importância tem a Imaculada Conceição na vossa vida? Também é Rainha para as irmãs?

Sim, é isso mesmo, também é a nossa Rainha. E, como dizia anteriormente, é o nosso modelo de vida a imitar, a contemplar, a celebrar. Sabemos que Jesus é o centro da nossa vida, mas nós chegamos até ele na medida em que procurarmos imitar as atitudes de Maria, também desde a sua total pureza e santidade.

"Todos os anos construímos um presépio muito grande na igreja do nosso Mosteiro, que está aberta ao público, e que é inaugurado precisamente no dia da Imaculada"

Quais são os sinais distintivos da ordem da Imaculada Conceição? Fale-nos um pouco do vosso tipo de vida, hábito, regras, da tradição dos presépios…

Temos, em primeiro lugar, a regra própria, que foi aprovada pelo Papa Júlio II em 1511 - somos uma ordem estritamente feminina, não temos ramo masculino. Depois, a cor do nosso hábito - é branco e temos o manto azul, que foram pedidos por Nossa Senhora Santa Beatriz. O branco simboliza a pureza de alma, o azul evoca o céu e recorda-nos que somos chamadas a viver para a eternidade.
Outro sinal também muito distintivo é a nossa forma de vida em clausura - estamos retiradas do mundo para nos entregarmos pelo mundo. Outro é a fraternidade e a vida comunitária, que é uma característica mesmo muito forte na nossa Ordem. Apesar de vivermos todo dia em silêncio, fazemos tudo em comum.

Falou dos presépios.... essa é uma característica muito própria da nossa comunidade aqui de Campo Maior. Todos os anos construímos um presépio muito grande na igreja do nosso Mosteiro, que está aberta ao público, e que é inaugurado precisamente no dia da Imaculada. E aproveito também para convidar todas as pessoas que quiserem visitá-lo, que podem fazê-lo (de 8 de dezembro) até dia 2 de fevereiro.

"O dia 8 de dezembro é impressionante, porque é o dia em que mais pessoas vêm à igreja
aqui em Campo Maior, e ao Mosteiro também."

E como é que preparam a celebração do Dia de Nossa Senhora da Conceição? Que outras iniciativas têm e como é que vivem esta semana?

Neste semana preparamos sempre a Solenidade com uma novena, aberta ao público também, à noite. Temos a novena ao longo de toda a semana, no dia 8 temos a Missa na igreja do Mosteiro, e à tarde a procissão. É uma grande procissão, sai a Nossa Senhora no andor.
Esta imagem de Nossa Senhora da Conceição, que está na nossa igreja, já era venerada aqui pelo povo de Campo Maior quando as irmãs vieram fundar o Mosteiro, que estava em ruínas, apenas o altar de Nossa Senhora estava mantido e tinha culto todos os sábados. É essa a imagem que ainda hoje sai em procissão, e que as pessoas veneram já desde 1942.

Há muita participação na celebração deste dia, que em tempos em Portugal já foi o Dia da Mãe?

Sim, sim! O dia 8 de dezembro é impressionante, porque é o dia em que mais pessoas vêm à igreja aqui em Campo Maior, e ao Mosteiro também. 

"Somos muito procuradas. As pessoas vêm até nós, ou enviam-nos e-mails,
telefonam a pedir orações todos os dias. Todos os dias!"

Voltando ao vosso carisma, neste mundo que é tão apressado e tão barulhento, muitos interrogam-se se a vossa vida de clausura não será uma fuga… Como é que responde?

Seria impossível viver em fuga esta forma de vida, aqui, fechadas 24 sobre 24 horas com as mesmas pessoas. Somos 20 mulheres aqui, era impossível. E em silêncio!
O que eu tenho visto é que, pelo contrário, este silêncio leva-nos ao encontro com Deus, connosco próprias, na verdade daquilo que nós somos e com as irmãs. E também nos faz perceber que, muitas vezes, essas fugas se escondem e se disfarçam muito melhor no meio dos barulhos do mundo.

Falou em 20 irmãs a viverem nesta altura aí. Houve um aumento de vocações no vosso mosteiro?

Sim, nos últimos anos, graças a Deus, têm vindo mais jovens. Este aumento de vocações é pura graça de Deus, não é mérito nosso. Nós procuramos apenas ser o mais fiel e viver de forma mais autêntica possível a nossa forma de vida. O resto é o Senhor que faz. E nós também – e isto sim, acho que é bom transmitir - vivemos muito enamoradas da nossa forma de vida. É uma coisa que acho que naturalmente passa a quem nos visita, e que é bom também frisar.

Posso perguntar-lhe como é que foi consigo? O que é que a atraiu a ser monja de clausura?

O que me atraiu foi a alegria autêntica que eu senti nas irmãs quando as visitei pela primeira vez, e senti que queria viver também essa alegria que elas transmitiam. Além disso atraiu-me também o silêncio e o mistério do ocultamento que as grades do locutório escondem, e foi isso que me fez vir.

"Estamos retiradas do mundo para nos entregarmos inteiramente pelo mundo, pelas pessoas que não podem rezar, que não sabem rezar, que não conhecem o Senhor, ou que não têm tempo"

Em muitos momentos também são procuradas pelos crentes para pedir a vossa ajuda? Estou a recordar-me, por exemplo, quando foi a pandemia, em que dinamizaram vários momentos de oração, até pelos profissionais de saúde…

Sim, somos muito procuradas. As pessoas vêm até nós, ou enviam-nos e-mails, telefonam a pedir orações todos os dias. Todos os dias! E mesmo as irmãs que estão a atender na portaria dizem que às vezes o locutório é mais um confessionário do que os confessionários das igrejas, porque as pessoas vêm aqui desabafar e pedir conselhos e orações. Muito, mesmo.

E as irmãs estão sempre disponíveis?

Sim, na medida do possível.

Portanto, estão em clausura, mas não estão fechadas ao mundo?

De todo! Estamos retiradas do mundo para nos entregarmos inteiramente pelo mundo, pelas pessoas que não podem rezar, que não sabem rezar, que não conhecem o Senhor, ou que não têm tempo, porque a forma de vida no mundo às vezes nem sempre permite ter tanto tempo para rezar. Estamos cá para nos entregarmos por todas essas intenções.

O que aconselha a quem queira conhecer-vos melhor e ter a vossa ajuda?

Primeiro, que não tenham medo de nos contactar e de vir até nós. Depois, que não tenham medo de escutar a palavra do Senhor, que é palavra de amor e de salvação. E, por fim, que não tenham medo de arriscar seguir o convite de Jesus, que diz 'vinde e vereis'. E nós estamos cá também, na medida do possível, naquela que é a nossa forma de vida, para acolher e receber todos os que vierem até nós.
Temos um site e lá estão os contactos e o e-mail. Podem contactar-nos sempre que quiserem.


Pode ouvir a entrevista em áudio no seguinte link: ENTREVISTA

Procissão em Campo Maior assinalou o dia da Imaculada Conceição, padroeira de Portugal


Celebrou-se hoje, dia 8 de Dezembro, o dia da Imaculada Conceição. Em Campo Maior, para além da Solene Eucaristia no Convento, teve lugar a tradicional procissão, que percorreu as principais artérias da vila.
Neste dia realiza-se uma festa religiosa que celebra um dogma católico definido como festa universal em 1476 pelo Papa Sisto IV. Pela sua importância, a data é feriado nacional.
Em 25 de Março de 1646, o Rei D. João IV organizou uma cerimónia solene, em Vila Viçosa, para agradecer a Nossa Senhora a Restauração da Independência de Portugal em relação a Espanha. Foi até à igreja de Nossa Senhora da Conceição, declarando-a padroeira e rainha de Portugal. Desde este dia, mais nenhum rei português usou coroa na cabeça, privilégio que estaria disponível apenas para a Imaculada Conceição.

Solenidade da Imaculada Conceição, dia 8 de Dezembro, celebra-se em Campo Maior


De acordo com as informações oriundas da Paróquia de Campo Maior, no próximo Domingo, 8 de dezembro, celebra-se a Solenidade da Imaculada Conceição
Assim, de acordo com a mesma fonte, no próximo domingo, dia 8 de dezembro, excecionalmente, a única Eucaristia será celebrada às 11h, no Mosteiro das Irmãs Concepcionistas da Ordem da Imaculada Conceição, em Campo Maior.
Às 15 horas terá lugar a Procissão em honra da Imaculada Conceição.

Festa em honra da Nossa Senhora da Enxara 2023



Aqui está o programa para a festa da Nossa Senhora da Enxara 2023. Desejamos a todos uma Feliz Páscoa

Padre João Luís Silva apresentou livro "Todos os Caminhos Vão Dar a Tua Casa" no Centro Cultural

O Padre João Luís Silva regressou a Campo Maior para apresentar o seu mais recente livro, "Todos os Caminhos Vão Dar a Tua Casa", numa cerimónia que decorreu no Centro Cultural de Campo Maior e que contou com a presença do Presidente do Município, João Muacho, do Comendador Rui Nabeiro, dos Vereadores Luís Rosinha e Vanda Alegria, do Presidente da Junta de Freguesia de Degolados, Florival Cirilo, e de Jorge Grifo, em representação da Assembleia Municipal.
O livro foi apresentado pela Vereadora Vanda Alegria, tendo a abertura da sessão ficado a cargo do Presidente João Muacho.
Já depois das intevenções do Comendador Rui Nabeiro e do padre João Luís Silva, a cerimónia encerrou com um momento de poesia, recitada e cantada por Leonor Alegria.
Com prefácio do Presidente da Republica, Marcelo Rebelo de Sousa, esta obra contém 55 testemunhos de figuras públicas bem conhecidas de todos os portugueses, que vão desde a televisão à cultura, passando pela literatura, política e religião, com destaque para o testemunho de três campomaiorenses: Ricardo Pinheiro, Secretário de Estado do Planeamento, do Comendador Rui Nabeiro, e de Pedro Conceição, jornalista da Arquidiocese de Évora.



















Notícia relacionada:

Livro "Todos os caminhos vão dar a tua casa" do Pe. João Luís Silva apresentado em Campo Maior

 


"Todos os caminhos vão dar a tua casa", é o título do novo livro do Pe. João Luís Silva, que vai também ser apresentado em Campo Maior. A apresentação terá lugar hoje, dia 13 de Junho, pelas 16H00 no Centro Cultural de Campo Maior, e estará a cargo da Vereadora Vanda Alegria.
O livro nasceu na pandemia e é um tributo a Nossa Senhora. Com prefácio do Presidente da República Professor Marcelo Rebelo de Sousa, nesta obra também encontramos a presença escrita de dois campomaiorenses, o Comendador Rui Nabeiro e o Secretário de Estado do Planeamento Ricardo Pinheiro.

O livro "Todos os caminhos vão dar a tua casa" conta com 55  testemunhos de figuras bem conhecidas de todos os portugueses – desde a televisão à cultura, passando pela literatura, política e religião –, sobre a experiência de cada uma delas na sua relação com a Virgem Maria, a Mãe de Fátima.
Marcelo Rebelo de Sousa prefacia a obra e destaca o papel que Maria sempre teve na história de Portugal. «E, hoje, como muitas outras exteriorizações do fenómeno religioso, reveste-se de feições globais, ecuménicas, diversificadas, umas mais ortodoxas, outras mais heterodoxas, múltiplas do foro individual, ou sem enquadramento institucional rígido. Como um todo, nunca deixou de ser uma realidade também nacional. Também partilhada, à sua maneira, por milhões de Portugueses, cá dentro e lá fora, nas Comunidades espalhadas pelo Mundo», afirma o Presidente da República.
Para o Pe. João Luís, «este livro […] é um tributo à Senhora mais brilhante que o Sol, à Rainha de Portugal, que nesta pandemia acalentou no seu Coração Imaculado cada um de nós com o perfume do seu manto. Desse jardim intemporal germinou este “beijo escrito” pela mão de várias figuras públicas da nossa sociedade como um testamento que nos leva a contemplar na oração o seu sorriso materno: enquanto houver portugueses tu serás o seu amor, no segredo de cada nome sussurrado».
A venda deste livro reverte a favor do Projeto MENTALizar da Fundação São João de Deus, que intervém junto de pessoas e organizações na promoção da Saúde Mental.

Sobre o autor: Pe. João Luís Gonçalves da Silva nasceu em Chaves, e é atualmente presbítero da Arquidiocese de Évora. Licenciou-se em Educação de Adultos e Desenvolvimento Comunitário pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e em Teologia pela Universidade Católica Portuguesa. É assistente do Secretariado do Movimento da Mensagem de Fátima da Arquidiocese de Évora e da Fundação Apostolado do Imaculado Coração de Maria. Já publicou diversos títulos pela PAULUS Editora.
Recorde-se que o Pe. João Luís Silva foi Pároco em Campo Maior, durante dois anos, de Setembro de 2017 até Setembro de 2019, facto que lhe permite manter uma estreita e forte ligação a Campo Maior e à sua comunidade.

Livro "Todos os caminhos vão dar a tua casa" do Pe. João Luís Silva apresentado em Campo Maior


"Todos os caminhos vão dar a tua casa", é o título do novo livro do Pe. João Luís Silva, que vai também ser apresentado em Campo Maior. A apresentação terá lugar no próximo dia 13 de Junho, pelas 16H00 no Centro Cultural de Campo Maior, e estará a cargo da Vereadora Vanda Alegria.
O livro nasceu na pandemia e é um tributo a Nossa Senhora. Com prefácio do Presidente da República Professor Marcelo Rebelo de Sousa, nesta obra também encontramos a presença escrita de dois campomaiorenses, o Comendador Rui Nabeiro e o Secretário de Estado do Planeamento Ricardo Pinheiro.
O livro "Todos os caminhos vão dar a tua casa" conta com 55  testemunhos de figuras bem conhecidas de todos os portugueses – desde a televisão à cultura, passando pela literatura, política e religião –, sobre a experiência de cada uma delas na sua relação com a Virgem Maria, a Mãe de Fátima.
Marcelo Rebelo de Sousa prefacia a obra e destaca o papel que Maria sempre teve na história de Portugal. «E, hoje, como muitas outras exteriorizações do fenómeno religioso, reveste-se de feições globais, ecuménicas, diversificadas, umas mais ortodoxas, outras mais heterodoxas, múltiplas do foro individual, ou sem enquadramento institucional rígido. Como um todo, nunca deixou de ser uma realidade também nacional. Também partilhada, à sua maneira, por milhões de Portugueses, cá dentro e lá fora, nas Comunidades espalhadas pelo Mundo», afirma o Presidente da República.
Para o Pe. João Luís, «este livro […] é um tributo à Senhora mais brilhante que o Sol, à Rainha de Portugal, que nesta pandemia acalentou no seu Coração Imaculado cada um de nós com o perfume do seu manto. Desse jardim intemporal germinou este “beijo escrito” pela mão de várias figuras públicas da nossa sociedade como um testamento que nos leva a contemplar na oração o seu sorriso materno: enquanto houver portugueses tu serás o seu amor, no segredo de cada nome sussurrado».
A venda deste livro reverte a favor do Projeto MENTALizar da Fundação São João de Deus, que intervém junto de pessoas e organizações na promoção da Saúde Mental.

Sobre o autor: Pe. João Luís Gonçalves da Silva nasceu em Chaves, e é atualmente presbítero da Arquidiocese de Évora. Licenciou-se em Educação de Adultos e Desenvolvimento Comunitário pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e em Teologia pela Universidade Católica Portuguesa. É assistente do Secretariado do Movimento da Mensagem de Fátima da Arquidiocese de Évora e da Fundação Apostolado do Imaculado Coração de Maria. Já publicou diversos títulos pela PAULUS Editora.
Recorde-se que o Pe. João Luís Silva foi Pároco em Campo Maior, durante dois anos, de Setembro de 2017 até Setembro de 2019, facto que lhe permite manter uma estreita e forte ligação a Campo Maior e à sua comunidade.
Fonte: Paulus

Covid-19: Missas com fiéis retomadas segunda-feira, procissões e visitas pascais são de evitar

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) anunciou hoje que as missas com presença de fiéis vão ser retomadas na segunda-feira, dia 15, sendo de evitar procissões ou visitas pascais.
“O Conselho Permanente refletiu sobre a situação atual da pandemia e decidiu que as celebrações da eucaristia com a presença da assembleia sejam retomadas a partir do dia 15 de março, observando as orientações da Conferência Episcopal Portuguesa de 08 de maio de 2020, em consonância com as normas das autoridades de saúde”, lê-se num comunicado.
O mesmo documento, divulgado após uma reunião do Conselho Permanente da CEP que decorreu ‘online’, adianta que, quanto à celebração de outros sacramentos, é de observar “as normas de segurança e de saúde referidas nas mesmas orientações”.
“Nesta fase evitar-se-ão procissões e outras expressões da piedade popular, como as ‘visitas pascais’ e a ‘saída simbólica’ de cruzes, de modo a evitar riscos para a saúde pública”, refere o comunicado, acrescentando que a Assembleia Plenária dos bispos católicos portugueses, entre 12 e 15 de abril, “reavaliará estas orientações, tendo em conta a situação de pandemia no país”.
As missas, bem como catequeses e outras atividades pastorais que impliquem contacto, estão suspensas desde 23 de janeiro em Portugal Continental, devido à pandemia de covid-19.
Quanto às celebrações da Semana Santa, e na sequência da nota da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, os bispos apresentam algumas orientações.
Para o Domingo de Ramos é de evitar os ajuntamentos dos fiéis e “de nenhum modo seja permitido a entrega ou a troca de ramos”.
Já na missa crismal, celebrada na manhã de Quinta-feira Santa ou, segundo o costume de algumas dioceses, na quarta-feira de tarde, “se não for possível ‘uma representação significativa de pastores, ministros e fiéis’”, o bispo diocesano deve avaliar a possibilidade de a transferir para outro dia, “de preferência dentro do tempo pascal”.
Para a Quinta-feira Santa, na missa vespertina da Ceia do Senhor, a CEP pede para se omitir o lava-pés e, no dia seguinte, o bispo deve introduzir “na oração universal uma intenção ‘pelos doentes, pelos defuntos e pelos doridos que sofreram alguma perda’”. O ato de adoração da Cruz mediante o beijo é limitado ao presidente da celebração.
Por fim, a vigília pascal “poderá ser celebrada em todas as suas partes como previsto pelo rito”.
As orientações da CEP, de 08 de maio do ano passado, para o retomar das celebrações e cultos comunitários, incluem distanciamento social de quatro metros quadrados, obrigatoriedade de desinfeção de mãos à entrada, lugares marcados, máscaras para todos e sem os cumprimentos do “gesto da paz” entre fiéis.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.621.295 mortos no mundo, resultantes de mais de 117,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.635 pessoas dos 812.575 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
Hoje, o parlamento autorizou a renovação do estado de emergência até 31 de março, para permitir medidas de contenção da covid-19.

SR (IMA) // ZO
Lusa

Arcebispo de Évora divulga mensagem de esperança para reflectir na Quaresma

Na quarta-feira de Cinzas, dia 17 de Fevereiro, o Arcebispo de Évora, Dom Francisco Senra Coelho, divulgou a sua mensagem para a Quaresma, que a seguir transcrevemos na íntegra.

“Estimados Sacerdotes, caros Diáconos, Dilectos Consagrados, Amados Irmãos e Irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo.

Saúdo-vos com fraternal apreço, na esperança de que vos sintais iluminados e alimentados pela Palavra do Senhor e fortalecidos pelo Espírito Santo que no íntimo do vosso coração vos orienta e ensina todas as coisas necessárias para a vossa santificação pela fidelidade batismal, e para vossa liberdade interior de Filhos de Deus; e por isso vencedores do Pecado e testemunhas do Amor de Deus expresso na Sua Misericórdia, e por nós vivido no mandamento Novo do Amor Cristão.

1. Certamente viveremos esta Quaresma de uma forma muito diferente, devido ao confinamento exigido pela dolorosa e inesperada evolução pandémica no mundo e muito concretamente no nosso País, onde experimentamos momentos de assinalável aflição e continuamos a viver preocupantes apreensões face às necessárias alterações de vida, dita normal, e às múltiplas consequências destes confinamentos, na vida económica e social, e com consequências diversas nas comunidades, sem esquecer as sequelas psicossociais e as consequências sentidas pelas novas gerações face às diversas vicissitudes que atravessa a Escola e todo o ensino, bem como as marcas sentidas na Saúde das populações, em diversos casos em que deixaram de ser acompanhadas ou sequer atendidas.

Seja-me permitido a todos lembrar, que parece ser decisivamente importante para o sucesso do desconfinamento, o simultâneo êxito da campanha nacional de vacinação que deve merecer de todos nós um compromisso de cidadania consciente, responsável e solidário com os mais débeis e em situação urgente, bem como os seus cuidadores. Tudo indica que com o êxito da vacinação beneficiaremos do tão desejável desconfinamento progressivo, atento e prudente da sociedade.

Importa recordar que o nosso compromisso cristão tem consequências no exercício da nossa cidadania e do testemunho autêntico de caridade. A este propósito lembro a Palavra do Papa Francisco, na sua mensagem para a Quaresma de 2021, intitulada “Vamos subir a Jerusalém… (Mt 20,18). Quaresma, tempo de renovar a fé, a esperança e a caridade”: «A caridade alegra-se ao ver o outro crescer; e de igual modo sofre quando o encontra na angústia: sozinho, doente, sem abrigo, desprezado, necessitado… A caridade é o impulso do coração que nos faz sair de nós mesmos, gerando o vínculo da partilha e da comunhão. (…) A caridade é dom que dá sentido à nossa vida e graças ao qual consideramos quem se encontra na privação como membro da nossa própria família, um amigo, um irmão. O pouco, se partilhado com amor, nunca acaba, mas transforma-se em reserva de vida e felicidade. Aconteceu assim com a farinha e o azeite da viúva de Sarepta, que oferece ao profeta Elias o bocado de pão que tinha (cf. 1 Rs 17, 7-16), e com os pães que Jesus abençoa, parte e dá aos discípulos para que os distribuam à multidão (cf. Mc 6, 30-44). O mesmo sucede com a nossa partilha, seja ela pequena ou grande, oferecida com alegria e simplicidade».

2. A Quaresma não pode ser um resto arqueológico de práticas ascéticas de outras épocas, mas “Tempo Favorável”, Kairós, na qual podemos fazer a experiência, pela participação, do Mistério Pascal de Cristo, tornando-se pela Fé, nosso contemporâneo. Assim nos lembra o Apóstolo das Gentes: «Ora se somos filhos de Deus, somos também herdeiros: herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, pressupondo que com Ele sofremos para também com Ele sermos glorificados». (Rom 2, 17)

A Quaresma é o “Tempo Favorável”, no qual, Cristo purifica a Igreja, Sua esposa: “Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a igreja e se entregou por ela, para a santificar, purificando-a, no banho da água, pela palavra. Ele quis apresentá-la esplêndida, como Igreja sem mancha, nem ruga, nem coisa alguma semelhante, mas santa e imaculada» (Ef. 5, 25-27). Deste modo, a Quaresma e o seu carácter sacramental, é-nos proposta não tanto com a acentuação nas práticas ascéticas, mas na valorização da acção purificadora e santificadora do Senhor. As acções penitenciais são sinal da nossa participação no mistério de Cristo que por nós se fez penitente e jejuou no deserto. É o Senhor que dá eficácia aos gestos penitenciais dos seus fiéis; por Ele, tais penitências adquirem o valor de acções litúrgicas, ou seja, acções de Cristo e da Sua Igreja.

Pela História da Igreja, sabemos que a Quaresma surge unida à vivência batismal, sobre a qual se fundamenta o seu carácter penitencial de conversão. A Igreja é uma comunidade pascal porque é batismal. Isto percebe-se, não só porque se entra na Igreja pelo batismo, mas também porque a Igreja é chamada a uma contínua vida de conversão, exprimindo assim a sua fidelidade ao próprio Sacramento que a gera. É daqui que nos encontramos com o carácter eclesial da Quaresma. Eis, pois, o tempo da grande convocatória de todo o Povo de Deus para que se deixe purificar e salvar por aquele que é o seu Senhor e Salvador.

Todos recordamos com a reforma litúrgica do Vaticano II que a Quaresma é uma caminhada eclesial de Quarenta Dias, a iniciar em Quarta-feira de Cinzas e a encerrar-se no Domingo de Ramos da Paixão do Senhor; assim se conclui a Quaresma e inicia a Semana Santa. A Quaresma é um Tempo Forte que nos prepara para a celebração da Festa Maior do Cristianismo, a Páscoa, e que esta preparação nos convida à penitência, através da contrição dos pecados cometidos, com decisão de conversão e emenda de vida, testemunhando a verdade desta metanoia com obras de autêntica caridade, através de gestos de partilha fraterna e solidária com os irmãos mais necessitados de obras de misericórdia corporais e espirituais. Assim a penitência não é assumida só de modo intimista e individual, mas sobretudo de modo testemunhal e eclesial. Deste modo, a Penitência Quaresmal manifesta o nosso arrependimento pelo pecado, enquanto ofensa a Deus, e com consequências sociais que tentamos reparar pelos nossos actos de caridade e com a participação da Igreja através da sua contínua oração pelos pecadores.

3. Os meios sugeridos pela Igreja para a prática Quaresmal são a escuta mais frequente da Palavra de Deus, a oração mais intensa e prolongada, a prática do jejum e das obras de caridade (Vat. II S.C. 109-110). Para apoiar os Cristãos nesta vivência e tendo em conta o contexto atípico de Pandemia, proponho cinco propostas que poderão proporcionar algum conforto e ajuda espiritual:
  • Catequeses Quaresmais, que abordarão o tema do nosso Ano Pastoral “Discípulos Missionários da Esperança pelo Acolhimento e pela Procura”, que serão seis catequeses por mim apresentadas, desde Quarta-feira de Cinzas até à Quarta-feira da Semana Santa, na qual meditaremos a perícope «Vinde a Mim Vós que andais sobrecarregados e eu vos aliviarei» (Mt. 11, 28). Estas catequeses serão transmitidas às 19,15 horas nos canais digitais da Arquidiocese (Página, Youtube e Facebook) e também no canal televisivo Canção Nova[1].
  • Domingo em família: com a finalidade de acompanhar as famílias, neste contexto de confinamento, os Departamentos Diocesanos da Pastoral Litúrgica e da Educação da Fé dos Adultos e do Apostolado dos Leigos prepararam, para cada Domingo um subsídio que leva a cada família que o deseje, o apoio espiritual e a solicitude pastoral, a transmitir todos os Domingos na página digital e no Facebook da Arquidiocese.
  • Renúncia quaresmal: seguindo um apelo da Caritas Portuguesa, dirigida ao Sr. Presidente da Conferência Episcopal, «este será o segundo ano consecutivo em que a rede nacional Caritas se verá privada de realizar o peditório público na rua. Se os recursos diminuíram por via dos constrangimentos que a pandemia nos colocou, esta mesma pandemia trouxe um número acrescido de solicitações a que, em conjunto, temos procurado dar resposta». Assim, apelo a todos os diocesanos que juntos ofereçamos a nossa Renúncia Quaresmal a favor da nossa Caritas Diocesana, a quem confio, como nos anos anteriores, a concretização desta recolha, indicando com criatividade e precisão os modos como todos poderemos participar neste gesto solidário tão urgente, e a que o Papa Francisco também alude na sua mensagem: “Viver uma Quaresma de caridade significa cuidar de quem se encontra em condições de sofrimento, abandono ou angústia por causa da pandemia de Covid-19. Neste contexto de grande incerteza quanto ao futuro, lembrando-nos da palavra que Deus dera ao seu Servo – «não temas, porque Eu te resgatei» (Is 43, 1).
  • Quaresma da Morte à Ressurreição: conferência proferida pelo Padre Carlos Carneiro (SJ), dia 27 de fevereiro pelas 21,30 horas, uma iniciativa do Departamento Diocesano da Pastoral Juvenil, cujo link será indicado nos canais digitais da Arquidiocese.
  • Início do Ano Dedicado à Família: celebração na Igreja de S. Francisco no dia 19 de março, pelas 21, 30 horas, iniciativa do Departamento Diocesano da Pastoral Familiar, cujo link será indicado nos canais digitais da Arquidiocese.
Assumamos estas propostas, levando-as à nossa oração pessoal e colocando-as nas Preces Litúrgicas ou Orações Universais, inclusive na oração em família e nas celebrações transmitidas pelos diversos meios digitais ou de comunicação social.

Na comunhão da oração e da caridade a todos desejo Santa Quaresma!”

"Contem sempre com a nossa imensa gratidão", Monjas da OIC agradecem aos campomaiorenses

Depois do surto de Covid-19, de que foram alvo, as Monjas da Ordem da Imaculada Conceição, desde o Convento em Campo Maior, enviam uma mensagem de agradecimento aos campomaiorenses, manifestando a sua gratidão pelo apoio e ajuda que receberam por parte da população durante esse período. A mensagem, enviada através do Campomaiornews, é a que transcrevemos a seguir:

"Queridos irmãos e irmãs campomaiorenses

A nossa comunidade de Monjas da Ordem da Imaculada Conceição agradece profundamente a todos quantos nos apoiaram com a sua proximidade, cuidado, carinho e tantos bens que nos proporcionaram num período difícil em que vivemos a prova da doença por contágio de covid-19.
Este foi um tempo de graça em que pudemos sentir na nossa pele o que padecem tantas famílias, tantos irmãos nossos que sofrem com esta pandemia e as suas consequências. Recordávamo-nos de quantos sofriam o mesmo que nós e se teriam tanto apoio e carinho como nós. Rezávamos, e rezamos, por todos, principalmente os que estão mais sós e desamparados, sem família ou amigos, para que Deus seja a sua força!
Damos graças a Deus por tantos amigos que demonstraram o seu afeto e delicada preocupação pelo nosso estado das mais variadas formas. Campo Maior sempre nos apoiou, sempre nos acolheu, sempre nos ajudou, sempre esteve a nosso lado. Uma vez mais, num tempo de fragilidade e doença, pudemos comprovar esta amizade e desvelo, este cuidado e atenção para connosco. Os campomaiorenses são muito generosos e sabem estar ao lado dos amigos nos momentos difíceis!
Pela nossa parte, se sempre trouxemos cada campomaiorense nos nossos corações e na oração diária, agora que pudemos experimentar a vossa maternidade e paternidade para connosco de forma tão palpável e que nos deixou tão comovidas, temo-vos ainda mais dentro da alma e muito presentes nas orações de cada dia, apresentando ao Pai do Céu, a Nossa Senhora da Conceição e a Santa Beatriz as vossas necessidades e desejos, projetos e esperanças, alegrias e sofrimentos.
Contem sempre com a nossa imensa gratidão e presença entre vós.
Muito, muito obrigada, de todo o coração!
A Comunidade"

Mensagem de Natal do Arcebispo de Évora

ANO 2020  - SOLENIDADE DO NATAL DO SENHOR

Mensagem do Arcebispo de Évora

Refazer a vida com a luz de Cristo

“Um Menino nasceu para nós, um filho nos foi dado” (Is 9, 5)

1. Saúdo-vos com o cumprimento de S. Francisco de Assis: «Paz e Bem»!

De facto, na História da Igreja, foi este Santo de Assis que no Natal de 1223, há 797 anos, formou o primeiro presépio com figuras autónomas. Parece que com a finalidade de nos aproximar mais da verdadeira Humanidade de Jesus, o Verbo Encarnado, feito pobre com os pobres. S. Francisco trocou o local habitual da Missa do Dia Santíssimo do Natal, ou seja, em vez do espaço sagrado da Igreja, procurou uma gruta natural na floresta de Grécio, local montanhoso, nas proximidades da cidade de Assis, onde se havia construído um “Romitório”, para os frades aí digerirem, no silêncio da natureza, as riquezas da Palavra de Deus, da lectio-Divina. As crónicas afirmam mesmo que o seu realismo o levou a espalhar palha pelo solo da gruta, e com a presença de um burro e de um boi, autênticos, ali colocou as figuras de Jesus, Maria e José e em profunda contemplação celebrou com os seus irmãos o Mistério da Fé.

Eis-nos, convidados a celebrar o Natal deste ano 2020, a grande noite e o grande dia a que São Francisco de Assis chama a “Festa das festas”, pois foi neste mistério que se iniciaram as manifestações do Emanuel e a plenitude da beleza do Rosto Misericordioso do Pai revelado pelo Filho, com o Espírito Santo.

Claro que a Arqueologia Paleocristã encontrou cenas com a representação do nascimento de Jesus, através de frescos presentes em ambientes crípticos e catacumbais já nos anos 200 e 300, são preciosidades da história iconográfica cristã, tratam-se de pinturas afrescadas, muito simples e rudimentares, porém reveladoras do apreço que os Cristãos sempre tiveram pela revelação da Luz que ilumina todos os povos e nações.

2. Este ano celebramos o Natal de modo radicalmente diferente, é que a pandemia que nos trouxe a obrigatoriedade do uso de máscaras, desmascarou a nossa vulnerabilidade e desnudou as falsas e supérfluas seguranças com que íamos preenchendo as nossas agendas, ocupando os nossos calendários, construindo os nossos projetos, os nossos hábitos e costumes. Deixámos, afinal, adormecer e abandonámos aquilo que nos alimenta, sustém e dá força à nossa vida, à vida da nossa família e das nossas comunidades.

No dia 27 do passado mês de março, na Praça de São Pedro, vazia pelo confinamento e sob uma chuva forte, o Papa Francisco disse-nos: «Com a tempestade, caiu a maquilhagem dos estereótipos com que mascaramos o nosso “eu” sempre preocupado com a própria imagem; e ficou a descoberto, uma vez mais, aquela pertença comum à qual não nos podemos subtrair: a pertença como irmãos».

No Ano Laudato Si’ (2021), reiniciar a vida, vai exigir de nós todos, isto se não quisermos voltar a ouvir e a escutar o grito da terra e dos pobres, entrarmos num «processo fraterno de regeneração» até assumirmos a nossa corresponsabilidade fraterna com todas as criaturas.

Talvez procuremos todos, ainda chão firme, para reiniciar, em segurança uma vida que foi abalada até aos seus alicerces, os seus fundamentos e a sua raiz.

O Papa Francisco alerta-nos para a realidade que Viktor Frankl, ilustre membro da Escola de Neurologia de Viena e fundador da sua própria escola, a Logoterapia, nos propõe: «Quando já não somos capazes de mudar uma situação, estamos perante o desafio de nos mudarmos a nós mesmos.» Assim, Francisco desafia-nos perante este possível quadro global: «Muitas coisas devem reajustar o próprio rumo, mas antes de tudo é a humanidade que precisa de mudar. Falta a consciência de uma origem comum, de uma recíproca pertença e de um futuro partilhado por todos. Esta consciência basilar permitiria o desenvolvimento de novas convicções, atitudes e estilos de vida. Surge, assim, um grande desafio cultural, espiritual e educativo que implicará longos processos de regeneração.» (Laudato Si, n.º 202).

3. Neste Natal 2020, em que a nossa Arquidiocese assume o desafio de permanecermos mesmo nos momentos áridos de deserto, como Discípulos Missionários da Esperança, dando vida ao compromisso de Jesus «Vinde a Mim todos vós que andais cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei», procurando e acolhendo os sedentos da Esperança no oásis da Alegria do Evangelho, testemunhado por uma Igreja, Mãe de coração aberto, «Peço a Deus que prepare os nossos corações para o encontro com os irmãos independentemente das diferenças de ideias, língua, cultura, religião; que unja todo o nosso ser com o óleo da sua misericórdia que cura as feridas dos erros, das incompreensões, das controvérsias; que nos envie a graça, com humildade e mansidão, pelas sendas desafiadoras mas fecundas da busca da paz». (Fratelli Tutti, n.º 254)

A Paz que só é possível, quando brota das entranhas mais profundas do coração humano, porque aí chegou a Luz de Cristo, o Natal. Então haverá Paz nos indivíduos, nas famílias, nas comunidades, nas sociedades e no mundo!

Como lembramos nós os Bispos de Portugal «é necessário produzir esperança e encanto neste tempo de pandemia e tristeza, de indiferença e aspereza, com datas sem estações, com meios, mas sem canções. É necessário embalar as crianças e os velhinhos, os que trabalham, os que sofrem e os que morrem. Há tanta gente ao abandono. Mas este é o tempo de contemplar o Presépio, de viver com alegria a estação do Natal, e de acolher a surpresa de Deus, que em missão nos visita com a riqueza da pobreza (2 Cor. 8, 9). Vem, Senhor Jesus! O mundo precisa tanto da tua Paz». (Mensagem da Conferência Episcopal Portuguesa para o Natal, 15.12.2020)

Ao desejar para todos os Diocesanos luminoso Natal e abençoado Ano Novo 2021, imploro para todos a Bênção de Deus, através de S. Francisco de Assis: «O Senhor te abençoe e te guarde; te mostre a Sua face e tenha misericórdia de ti! Volva para ti o Seu olhar!»

Évora, 15 de dezembro de 2020

+ Francisco José,
Arcebispo de Évora

Celebra-se hoje o dia da Imaculada Conceição, com Missa e Procissão em Campo Maior

Hoje, dia 8 de Dezembro, celebra-se o dia da Imaculada Conceição. Em Campo Maior, pelas 11H00, no Mosteiro da Imaculada Conceição, tem lugar a Missa Solene da Imaculada Conceição - Única Missa em Campo Maior. Pelas 15H00 haverá Procissão Solene em Honra da Imaculada Conceição, que irá percorrer algumas artérias da vila.
Neste dia de feriado nacional, invoca-se a vida e a virtude de Virgem Maria, mãe de Jesus, concebida sem marca do pecado original. É uma data de grande significado para a Igreja Católica.
Neste dia realiza-se uma festa religiosa que celebra um dogma católico definido como festa universal em 1476 pelo Papa Sisto IV. Pela sua importância, a data é feriado nacional.
Em 25 de Março de 1646, o rei D. João IV organizou uma cerimónia solene, em Vila Viçosa, para agradecer a Nossa Senhora a Restauração da Independência de Portugal em relação a Espanha. Foi até à igreja de Nossa Senhora da Conceição, declarando-a padroeira e rainha de Portugal. Desde este dia, mais nenhum rei português usou coroa na cabeça, privilégio que estaria disponível apenas para a Imaculada Conceição.

Décima edição do "Presépio Monumental" no Mosteiro das Concepcionistas de Campo Maior

A 10ª edição do "Presépio Monumental", vai abrir no Mosteiro das Concepcionistas em Campo Maior a partir do próximo dia 8 de Dezembro de 2020.
O Presépio Monumental do Mosteiro de Concepcionistas de Campo Maior encerra a particularidade de ter sido construído, e montado, na íntegra pela Monjas do Convento. As construções são elaboradas em esferovite, pintadas à mão, e são empregues diversos outros materiais naturais, como a madeira e plantas.
Este Presépio pode ser visitado todas as semanas, de Domingo a Sábado, até dia 2 de Fevereiro de 2021.



Tem hoje ínicio a Novena à Imaculada Conceição na Igreja do Mosteiro da Imaculada Conceição em Campo Maior

A partir de hoje, dia 29 de Novembro e 7 de Dezembro, pelas 21 horas, como é habitual, realiza-se na Igreja do Convento a Novena de preparação para a Festa de Nossa Senhora da Conceição, com a oração do terço e bênção do Santíssimo Sacramento.
No dia 8 de Dezembro, a Missa terá lugar pelas 11 horas, também na Igreja do Convento, e a Procissão pelas ruas da nossa Vila de Campo Maior, terá lugar às 15 horas.
"A Mãe chama-nos a participar nestes dias de encontro e oração, pela nossa Vila, pelas nossas famílias, implorando as graças de Deus e a paz para o mundo inteiro. Não deixemos de honrar e amar a nossa Mãe do Céu!" - esta é a mensagem que as Irmãs Concepcionistas da Ordem da Imaculada Conceição enviaram à população.

Tem ínicio amanhã a Novena à Imaculada Conceição na Igreja do Mosteiro da Imaculada Conceição em Campo Maior

A partir de amanhã, dia 29 de Novembro e 7 de Dezembro, pelas 21 horas, como é habitual, realiza-se na Igreja do Convento a Novena de preparação para a Festa de Nossa Senhora da Conceição, com a oração do terço e bênção do Santíssimo Sacramento.
No dia 8 de Dezembro, a Missa terá lugar pelas 11 horas, também na Igreja do Convento, e a Procissão pelas ruas da nossa Vila de Campo Maior, terá lugar às 15 horas.
"A Mãe chama-nos a participar nestes dias de encontro e oração, pela nossa Vila, pelas nossas famílias, implorando as graças de Deus e a paz para o mundo inteiro. Não deixemos de honrar e amar a nossa Mãe do Céu!" - esta é a mensagem que as Irmãs Concepcionistas da Ordem da Imaculada Conceição enviaram à população.

Padre João Luís Silva apresentou livro "Ai que Senhora tão bonita!" em Campo Maior

O padre João Luís Silva apresentou, este domingo 18 de Outubro, o livro “Ai Que Senhora Tão Bonita” no Convento da Ordem da Imaculada Conceição, em Campo Maior.
Na iniciativa esteve o presidente da Câmara Municipal de Campo Maior, João Muacho, que apresentou o livro e saudou a presença do pároco na vila alentejana. O comendador Rui Nabeiro também marcou presença na apresentação da obra.
O livro pretende celebrar os centenários da entronização da imagem de Nossa Senhora venerada na Capelinha das Aparições, do falecimento de Santa Jacinta Marto (autora da expressão que dá título ao livro) e do nascimento do Papa São João Paulo II, sendo o livro composto por pequenos excertos de uma “peregrinação interior” que o autor partilha com os leitores.