Aqui está o programa para a festa da Nossa Senhora da Enxara 2023. Desejamos a todos uma Feliz Páscoa
Rui Nabeiro, o Comendador que colocou a vila de Campo Maior no mapa
OPINIÃO
Manuel Rui Azinhais Nabeiro, ou apenas Rui Nabeiro, como era por todos conhecido, foi, sem sombra de dúvida, um ícone campomaiorense no setor empresarial, social, político e internacional e deixa um legado de importância incalculável.
O trampolim para este sucesso e reconhecimento tem o nome de Delta Cafés, a multinacional fundada em Campo Maior que transcendeu a sua terra natal sem nunca a deixar para trás. Para além da sua célebre importância para esta vila “raiana”, Rui Nabeiro e a sua obra tiveram um contributo inegável para Portugal em diversos setores, não ficando apenas pelo café e alargando-se a outros ramos como o da alimentação e bebidas, o do imobiliário, o da indústria e serviços e o do turismo e restauração (criação do Grupo Nabeiro).
Presente em diversas potências económicas mundiais, como Espanha, França, Luxemburgo, Suíça e China, a Delta dá o seu contributo à economia nacional através do aumento do volume de exportações, algo que consequentemente se irá refletir positivamente no Produto Interno Bruto (PIB), e a sua presença física no estrangeiro evita obstáculos associados à exportação, como taxas alfandegárias, distância e logística. Porém, a Delta não marca presença apenas nos “tubarões” económicos, estando também em países que se encontram em desenvolvimento financeiro, como o Brasil e Angola, algo que traz benefícios à empresa, é certo, mas também injeta capitais na economia e gera empregos, melhorando o nível de vida das populações locais. Isto mostra que o setor empresarial e social podem (e devem) “andar de mãos dadas”, algo que se tornou uma imagem de marca do Comendador.
O humanismo de Rui Nabeiro perante aqueles que consigo trabalhavam é facilmente observável e comprovado, e um exemplo disso foi a sua abordagem perante Timor e Angola, dois dos mais importantes produtores de café com quem a Delta trabalha. No ano de 2000, em Timor, pretendia comprar todo o café armazenado do país através de um programa que visava colaborar com o desenvolvimento do setor que empregava à data cerca de 100 mil famílias, e tal programa tinha também como objetivo travar o monopólio norte-americano que controlava grande parte da exportação de café de Timor-Leste. Já em Angola temos o exemplo da ANGONABEIRO, empresa do Grupo Nabeiro que surgiu após um convite do governo angolano para reabilitar a Unidade Fabril de Café LIANGOL, dar incentivos aos produtores locais e produzir o Café Ginga (100% angolano). Este plano veio estimular a produção angolana e ajudar não apenas as grandes e médias fazendas mas também pequenos agricultores. Este aumento na produção e consequente exportação, veio fomentar o crescimento económico angolano, um país da CPLP e um dos principais parceiros de Portugal.
Falar de Rui Nabeiro e da Delta sem falar em Espanha é uma tarefa quase impossível, tendo em conta as estreitas relações que sempre mantiveram. Desde o ínicio no contrabando até ter uma rua em seu nome na cidade vizinha de Badajoz, houve sempre uma associação simbiótica com o país vizinho: Em 2009, o então Rei D. Juan Carlos I deu a indicação para que fosse atribuido ao fundador da Delta a honrosa e prestigiada insígnia da Comenda da Ordem de Isabel a Católica, em 2011 foi nomeado Cônsul Honorário de Espanha no Alentejo com jurisdição nos distritos de Portalegre, Castelo Branco, Évora e Beja, e criando as instalações do Consulado em Campo Maior. A Bandeira e o Escudo Oficial do Consulado Honorário foram-lhe entregues por D. Francisco Villar e Ortiz de Urbina, o Embaixador de Espanha em Portugal na altura, ocasião em que Rui Nabeiro aproveitou mais uma vez para salientar a sua veia iberista: “Um passo importante para a nossa terra e para a nossa região, uma nomeação que aceito com grande honra, e com grande satisfação, que servirá para reforçar o elo de ligação e união entre Portugal e Espanha. Para mim, Espanha sempre foi um parceiro próximo a todos os níveis da minha vida.”
Ainda em 2011 foi-lhe atribuída a Medalha da Extremadura e em 2016 foi então dado o seu nome a uma rua na cidade de Badajoz. Já nos últimos dias, após o seu falecimento, Ignacio Gragera, Presidente da Câmara de Badajoz propôs a nomeação de filho adotivo da cidade ao Comendador, e declarou ao jornal Público que se tratava de “uma pessoa absolutamente fundamental não só para entender a história de Campo Maior, mas também da fronteira”. O autarca de Campo Maior Luís Rosinha, acrescentou ainda que o empresário foi “pioneiro do iberismo e das relações transfronteiriças”. Rui Nabeiro foi também nomeado Embaixador da EuroBEC – Eurocidade Badajoz, Elvas, Campo Maior, um projeto fundamental para aproximar territórios do interior ao mundo desenvolvido, com a criação da plataforma logística e cooperação em áreas fundamentais como a educação, a saúde, eventos, segurança, cultura, rede de transportes e mobilidade laboral transfronteiriça.
Tendo já o seu sucesso solidificado, o empresário campomaiorense tornou-se uma figura pública com uma notoriedade elevada, algo que lhe permitiu ombrear com altas figuras da esfera política nacional, desde Mário Soares a Jorge Sampaio, passando por Marcelo Rebelo de Sousa, Cavaco Silva e António Costa, por exemplo. Os seus méritos empresariais e sociais renderam-lhe diversas distinções de prestígio, como o grau de Comendador da Ordem Civil do Mérito Agrícola, Industrial e Comercial (atribuído pelo então Presidente da República Mário Soares em 1995), o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique em 2006, o grau de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Évora (Universidade que em 2009 instituiu uma Cátedra com o seu nome), o grau de Doutor Honoris Causa em Ciência Política pela Universidade Lusófona em 2012, recebeu a Medalha de Honra das cidades de Coimbra e de Lisboa e recebeu a Chave de Vila Nova de Gaia em 2021, e em 2022 foi-lhe atribuído mais uma vez o grau de Doutor Honoris Causa, desta vez pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, foi condecorado com a Medalha de D. Afonso Henriques pelo Exército Português e ainda lhe foi atribuído o Globo de Ouro de Mérito e Excelência da SIC. Todo este reconhecimento e prestígio deu ainda mais visibilidade à Delta e a Campo Maior, tornando-se cada vez mais um ponto de atração turística e de investimento.
Falando em Turismo e Investimento, a criação do Centro de Ciência do Café em 2014 foi uma preciosa modernização do antigo Museu do Café e tornou-se em mais um ponto de atração na vila de Campo Maior. Foi neste espaço que em 2022 foram recebidos vários embaixadores latino-americanos e se viu uma oportunidade de criar ligações pessoais, um dos seus pontos fortes, e de abrir caminho para negócios futuros, uma vez que são importadas cerca de 27 mil toneladas de café destes países. Por mais uma ocasião, a sua conhecida proximidade com os trabalhadores foi realçada: “Vou impressionado por duas coisas: o trabalho forte que fez esta família para desenvolver a empresa, mas sobretudo porque a base desse trabalho é a relação com os empregados. Pude perceber que todos os que aqui trabalham, sentem-se parte da família. E isso é um aspeto importantíssimo para crescer.” e “O que mais me chama a atenção na empresa, além dos bons resultados industriais, é a forma como mantém relações com o seu pessoal, de maneira harmónica. E a projeção social que vejo. Não é uma empresa que está longe da sociedade”, afirmaram os embaixadores peruano e dominicano, respetivamente, ao Diário de Notícias.
O seu envolvimento no Sporting Clube Campomaiorense trouxe mais uma vez Campo Maior aos holofotes nacionais. O seu investimento permitiu ter uma equipa do interior na Primeira Liga de futebol durante cinco épocas e até chegar a uma final da Taça de Portugal. Esta foi mais uma forma de promover o turismo e desenvolvimento da região e que permitiu levar mais longe a marca Delta.
Termino com duas frases de Presidentes da República, o timorense e o português, que resumem perfeitamente tudo aquilo que a obra do Comendador Rui Nabeiro representou, deixando a marca de alguém que transcendeu a sua vila e até o seu país, elevando-o ao estatuto de embaixador de Campo Maior, do Alentejo e de Portugal.
“Uma vida longa de grandes iniciativas empresariais, de criar emprego, riqueza para Portugal e para as comunidades onde a Delta estava instalada.” – José Ramos-Horta
“Rui Nabeiro foi um percursor, construiu uma marca global, com há poucas no nosso país, mantendo sempre a sede e o coração da sua atividade em Campo Maior, terra onde nasceu e deixa um generoso legado.” – Marcelo Rebelo de Sousa.
Gonçalo Folgado Nabeiro
A saga continua.... mobiliário urbano continua a ser alvo de destruição em Campo Maior
Agora foram os Ecopontos a arder. Na noite de sábado para domingo, na Rua Dom João de Portugal, perto da Escola Secundária em Campo Maior, os contentores dos Ecopontos, foram consumidos pelas chamas. Vandalismo ou não? não conseguimos apurar, mas tendo em conta os recentes acontecimentos.....
Há poucos dias, mais concretamente no dia 18 de Março, dávamos notícia: "Até quando vamos continuar a assistir a actos de puro vandalismo como este? Vandalismo gratuito que destrói, sabemos lá com que motivação, o mobiliário urbano da vila. São sinais de trânsito, são contentores dos ecopontos, são viaturas.... Todos os fins de semana as cenas se repetem. Até quando vão deixar que isto aconteça?"
A questão mantém-se: Até quando vamos continuar a assistir a actos desta natureza?
Faleceu o Comendador Rui Nabeiro. Campo Maior está de luto
Na manhã de hoje, 19 de Março, fomos surpreendidos pelo comunicado enviado pelo Grupo Nabeiro, dando conta do falecimento deste ilustre campomaiorense.
"É com profundo pesar que a família Nabeiro informa que faleceu hoje, dia 19 de março, o Comendador Manuel Rui Azinhais Nabeiro, Presidente e Fundador do Grupo Nabeiro – Delta Cafés, aos 91 anos.
O espírito empreendedor e a sua ética de trabalho estiveram sempre presentes nos momentos decisivos da sua vida. Em 1961, criou a Delta Cafés, dando origem a um grupo empresarial que hoje lidera o mercado dos cafés em Portugal e hoje em forte expansão nos mercados internacionais.
Toda a família Delta está profundamente triste com esta perda e estende as sinceras condolências a todos aqueles que também hoje perderam um grande amigo. Estamos todos empenhados em continuar o seu legado e honrar a sua visão, continuando a produzir o melhor café do mundo, apoiando as comunidades locais e promovendo a sustentabilidade.
O Comendador Rui Nabeiro encontrava-se hospitalizado no Hospital da Luz, devido a problemas respiratórios.
A data e o programa das cerimónias fúnebres serão oportunamente comunicados."
O Campomaiornews, neste momento de profundo pesar, endereça os pêsames a toda a família do Comendador Rui Nabeiro.
Biografia | Manuel Rui Azinhais Nabeiro
Manuel Rui Azinhais Nabeiro nasceu a 28 de março de 1931, em Campo Maior, Portugal.
Filho de Manuel dos Santos Nabeiro e de Maria de Jesus Azinhais. Casou com Alice do Carmo Gonçalves Nabeiro e tiveram dois filhos - Helena Maria Gonçalves Nabeiro Tenório e João Manuel Gonçalves Nabeiro, que integram o Conselho de Administração do Grupo Nabeiro - Delta Cafés - e quatro netos Rui Miguel Nabeiro, atual CEO do Grupo Nabeiro - Delta Cafés, Rita Nabeiro e Ivan Nabeiro, que integram o órgão executivo, e Marcos Tenório Bastinhas.
Com o ensino básico de habilitações, logo nos bancos de escola se salientava dos demais colegas pela sua iniciativa e pela sua capacidade de liderança. Aos dezassete anos, após a morte do pai, assumiu os destinos da pequena sociedade familiar, a Torrefacção Camelo Lda.
O espírito empreendedor e a forte ética de trabalho estiveram sempre presentes nos momentos decisivos da sua vida e, em 1961, criou a Delta Cafés , dando origem a um grupo empresarial que hoje lidera o mercado dos cafés em Portugal e em forte expansão nos mercados internacionais.
Passados poucos meses da sua fundação, a marca Delta era distribuída em todo o país, abrindo um entreposto comercial em Lisboa, em 1963 e outro no Porto, em 1964.
Antes do 25 de abril de 1974, e por duas vezes, Rui Nabeiro foi nomeado presidente da Câmara Municipal de Campo Maior — em 1962 e em 1972 – voltando a exercer o cargo em 1977, sendo reeleito duas vezes, e mantendo-se no cargo até 1986, Com uma visão futurista e de ambição, fundou a Novadelta no ano de 1982 e dois anos mais tarde criou a maior fábrica de torrefação da Península Ibérica, existente na época.
O Grupo Nabeiro – Delta Cafés nasce em 1988 dando origem à criação de mais de duas dezenas de empresas e com intervenção direta em áreas tão diversas como a agricultura e vitivinicultura, distribuição alimentar e de bebidas, retalho automóvel, comércio imobiliário e hotelaria.
A Delta Cafés, na pessoa do seu fundador, Manuel Rui Azinhais Nabeiro, transportou para o modelo de negócio a essência relacional da magia do café. O relacionamento entre a Delta e os seus clientes é em todo idêntico ao do homem do balcão e do seu cliente de todas as manhãs, pois aprenderam juntos a confiar e a partilhar a vida no sabor e aroma de uma chávena de café.
Desde a sua fundação, a Delta assentou em valores sólidos e princípios que se reflectiram na criação de uma marca de Rosto Humano, assente na autenticidade das relações com todas as partes interessadas.
Pelo reconhecimento de mérito empresarial, foi-lhe atribuído o grau de Comendador da Ordem Civil do Mérito Agrícola, Industrial e Comercial – Classe Industrial, pelo Presidente da República Mário Soares, a 9 de Junho de 1995.
A 5 de Janeiro de 2006 foi novamente distinguido como Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Em 2007 inaugurou o Centro Educativo Alice Nabeiro, para dar resposta às necessidades extra-escolares das crianças de Campo Maior, um espaço orientado pela visão do seu mentor, que desde a sua raiz quis fazer do CEAN uma escola onde as crianças ambicionem ser empreendedoras, proactivas, talentosas e que se possam destacar pelo seu potencial.
Com o patrocínio da Delta a Universidade de Évora criou, em 2009, a Cátedra Rui Nabeiro, destinada à promoção da investigação, do ensino e da divulgação científica na área da biodiversidade. Ainda em 2009, recebeu uma das maiores distinções atribuídas pelo país vizinho e, por indicação do Rei de Espanha, foi honrado com a notável insígnia – A Comenda da Ordem de Isabel a Católica. Em 2010 foi nomeado Cônsul Honorário de Espanha, com jurisdição nos distritos de Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja.
Em 2012 recebeu o doutoramento “Honoris causa” em Ciência Política, atribuído pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Em 2021 foi homenageado pela Câmara Municipal de Coimbra com a Medalha da Cidade de Coimbra e, no mesmo ano, foi agraciado pela Câmara Municipal de Lisboa, com a Medalha de Honra da Cidade de Lisboa, e recebeu a Chave de Vila Nova de Gia, a mais alta distinção honorífica desse município.
Em Junho de 2022 a Universidade de Coimbra, sob proposta da Faculdade de Economia, atribuiu a Rui Nabeiro o Doutoramento Honoris Causa, pelo seu indiscutível mérito profissional e qualidades humanas que constituem uma referência inspiradora para toda a sociedade. No mesmo ano foi considerado o líder mais relevante e com melhor reputação de Portugal, segundo o estudo anual RepScore da Consultora OnStrategy.
Ainda em 2022 foi condecorado pelo Exército com a Medalha de D. Afonso Henriques – Mérito do Exército, 1.ª classe e agraciado com o Globo de Ouro de Mérito e Excelência – SIC, outorgado pela estação televisiva SIC.
Entre outras distinções conta-se o Prémio Personalidade de Confiança atribuído pelas Selecções do Reader’s Digest por diversas ocasiões e o Prémio Carreira Qualidade atribuído pela Associação Portuguesa para a Qualidade.
A Cimeira Ibérica e os territórios transfronteiriços: adivinham-se tempos de esperança?
No dia de ontem, 14 de março, deu-se início a mais uma Cimeira Ibérica em Lanzarote, nas Ilhas Canárias, que marca o 34º encontro bilateral entre Portugal e Espanha. O fim do encontro vai ser marcado pela reunião plenária entre os governos de António Costa e o seu homólogo Pedro Sánchez onde “serão assinados mais de uma dezena de memorandos, que abrangem praticamente todas as áreas dos ministros (portugueses) que participam na cimeira” confirmou uma fonte do executivo português à agência Lusa.
Neste abrangente leque de conversações, onde estiveram em evidência temas como o alinhamento europeu e a celebração de José Saramago, encontra-se em destaque a questão da estratégia transfronteiriça, com foco na revitalização de pequenos municípios junto à fronteira.
O alinhamento entre os dois países vizinhos no âmbito da agenda europeia ficou evidenciado no debate acerca das regras fiscais ou de governação económica e da energia, em que ambos se congratulam pela limitação do preço do gás usado para produzir eletricidade e pelo H2MED, o projeto de gasodutos que visa transportar hidrogénio verde (produzido através de energias renováveis) entre Portugal, Espanha e França.
No que toca às estratégias de desenvolvimento nas regiões de fronteira, serão celebrados memorandos de entendimento e declarações de intenções, assunto anteriormente abordado e anunciado na Cimeira da Guarda em 2020. Será elaborada uma agenda cultural comum para estes territórios raianos contemplando mais de 30 atividades, nas quais estão em evidência o projeto das escolas bilingues e interculturais, projetos de revitalização de aldeias que sofrem as consequências do despovoamento e ainda o “campus rural”, iniciativa espanhola que tem como objetivo a realização de estágios curriculares do ensino superior em municípios de menor dimensão. A Estratégia Comum de Desenvolvimento Tranfronteiriço de Portugal e Espanha “tem sido protagonista dos acordos saídos das cimeiras bilaterais”, confirma o jornal Observador que ainda acrescenta que esta estratégia engloba 1.551 freguesias (cerca de 50% do total português e 62% do território nacional e inclui 1.231 municípios espanhóis (17% do território). O programa tem como objetivo “trazer investimento empresarial, inovador e competitivo”, palavras de Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, à agência Lusa.
É de relembrar ainda que, recentemente, foi construída a Plataforma Logística do Sudoeste Europeu em Badajoz que conta já com 11 empresas instaladas, com destaque para a gigante multinacional Amazon, algo que veio mudar significativamente o panorama da região, principalmente de Campo Maior e Elvas, a todos os níveis. Desde a sua conclusão e segundo o site “Badajoz, Capital en la frontera”, a Plataforma tem uma capacidade de 16.500 toneladas por dia, convertendo-a assim numa das áreas logísticas mais importantes da Península Ibérica, e contou com duas fases de desenvolvimento, a primeira destinada ao tráfego de mercadorias e a segunda que visa a construção de caminhos de ferro. As instalações foram criadas com o objetivo de integrarem a linha ferroviária Sines-Évora-Badajoz, que por sua vez, em conjunto com outros corredores farão a ligação aos continentes americano e asiático através do Canal do Panamá.
Adivinham-se tempos de esperança para os territórios da fronteira ibérica, dando-se assim um passo bastante significativo rumo à coesão de territórios que têm vindo a sofrer nas últimas décadas as consequências da centralização litoral.
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