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Deteção da bactéria 'legionella' obriga ao encerramento temporário do complexo de Piscinas em Campo Maior


O Complexo de Piscinas da Fonte Nova encerrou esta quarta-feira temporariamente depois de ter sido detetada a bactéria 'legionella' nas Águas Quentes Sanitárias (AQS) de um dos balneários do espaço, na sequência dos resultados dos mais recentes relatórios laboratoriais bacteriológicos de rotina, informou o Município de Campo Maior.
Na informação divulgada publicamente, o Município de Campo Maior refere:
"Apesar de a situação não afetar diretamente a qualidade da água da piscina nem comprometer a sua utilização, o município, enquanto entidade responsável pela segurança e bem-estar de todos os utilizadores e funcionários, decidiu proceder ao encerramento preventivo dos tanques das piscinas, da zona de SPA e dos balneários, como medida de precaução e em conformidade com as normas de segurança e saúde pública.
Apenas continuará em funcionamento o ginásio instalado no complexo, sem no entanto ser possível utilizar os balneários.
O Município de Campo Maior está a implementar todas as medidas necessárias para resolver esta situação com a maior celeridade possível, garantindo o cumprimento de todas as exigências legais e sanitárias. O espaço será reaberto logo que estejam asseguradas todas as condições de segurança.
Agradecemos a compreensão de todos os utilizadores e lamentamos qualquer incómodo que esta situação temporária possa causar."

McDonald’s Elvas inaugurou esta tarde numa cerimónia privada. Amanhã abre ao público


O tão aguardado restaurante McDonald´s Elvas foi inaugurado na tarde de hoje, numa cerimónia privada.
O 209º restaurante da cadeia americana a abrir em Portugal, encerra uma sequência de dez novas inaugurações em 2024, ficando Elvas com o privilégio de selar um ano de forte expansão da marca em território nacional.
Rodeado pela família, o franquiado Ricardo Sá Nuno, assumiu estar emocionado “por inaugurar de raiz o McDonald´s Elvas”, considerando que “este momento representa muito mais do que a abertura de um restaurante. É o culminar de trabalho, de aprendizagem e de sonhos concretizados”. Depois destacou o impacto da implementação da marca na cidade, no concelho e na região, que vai muito além da criação de cerca de 60 postos de trabalho, lembrando todos os compromissos de sustentabilidade e apoio social que estão no ADN do McDonald´s. Destacou as parcerias, já em marcha, com diversas associações sociais e desportivas da cidade, fazendo soar bem alto o nome da APPACDM, para quem pediu o contributo solidário de todos os presentes.
Ricardo Sá Nuno falou para cerca de 200 convidados, muitos deles representantes do poder local e do mundo empresarial, com destaque para Rondão Almeida, presidente da Câmara Municipal de Elvas, Luís Rosinha, presidente da Câmara Municipal de Campo Maior, e João Manuel Nabeiro, presidente do Conselho de Administração do Grupo Delta.
Inês Lima, diretora-geral da McDonald´s Portugal, também marcou presença, juntando-se a Ricardo Sá Nuno e Rondão Almeida no ato mais solene da inauguração, o descerramento da placa que vai perpetuar a data de 17 de Dezembro de 2024.
O grupo Roncas d’Elvas surgiu nos momentos finais para reforçar a singularidade da cidade, que oferece um entorno de uma beleza ímpar ao restaurante, que tem a muralha nas costas, o Forte de Santa Luzia à frente e Badajoz no horizonte.
Amanhã, 18 de Dezembro, o McDonald´s abre ao público às 8h00.












Obra de ampliação do Lar Santa Beatriz, da Misericórdia de Campo Maior, foi inaugurada

Foto: odigital

A obra de ampliação da Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI) – Lar Santa Beatriz, em Campo Maior, foi inaugurada segunda-feira, dia 16 de Dezembro.
O momento contou com a presença da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, do presidente da Câmara Municipal, Luís Rosinha, e do provedor da Santa Casa da Misericórdia de Campo Maior, Luís Machado.
Na sua intervenção, Luís Rosinha recordou que “a excelente relação institucional entre o Município e a Santa Casa da Misericórdia, baseada numa confiança mútua de muitos anos, permitiu que este projecto fosse uma realidade e que pudéssemos hoje celebrar este momento de inauguração”.
O autarca destacou o trabalho conjunto entre as instituições, “que demonstra que quando unimos esforços em prol da nossa comunidade e quando nos dedicamos à nossa população, o resultado só pode ser positivo”.


A ampliação da Estrutura Residencial para Pessoas Idosas – Lar Santa Beatriz foi uma obra que veio reforçar a capacidade de resposta desta ERPI, melhorando as condições de conforto e bem-estar dos seus utentes, dando, desta forma, uma resposta eficaz à crescente solicitação de vagas.
O aumento do número de vagas em mais 10 utentes (antes 55, agora 65) foi conseguido através da reorganização do espaço, da construção de novas áreas e da ampliação de outras.
Simultaneamente, melhorou-se o edificado ao nível da acessibilidade, segurança e conforto. Ainda durante esta intervenção foram resolvidas deficiências infraestruturais que condicionavam a qualidade dos serviços oferecidos aos residentes.
Esta foi uma obra que implicou um investimento de mais de 1,8 milhões de euros, foi cofinanciada pelo Programa Operacional Regional do Alentejo (ALENTEJO 2020), através do FEDER, cabendo ao Município de Campo Maior assumir a contrapartida pública nacional no valor de mais 270 mil euros.

Festas do Povo de Campo Maior classificadas Património Cultural Imaterial da Humanidade faz hoje precisamente três anos (15-12-2021)

 

Volvidos três anos após a classificação das Festas do Povo como Património Cultural Imaterial da Humanidade (15-12-2021), muitos - a começar prelos próprios campomaiorenses - se interrogam sobre o futuro da realização das Festas do Povo em Campo Maior. Recorde-se que a última edição das Festas foi realizada em 2015, praticamente há uma década.
Como em Campo Maior se costuma dizer, que as Festas se fazem quanto o Povo quiser, aguardemos então pelo veredicto do Povo.

Esta foi a notícia no dia 15 de Dezembro de 2021:

"As Festas do Povo de Campo Maior, no distrito de Portalegre, foram classificadas esta quarta-feira como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
A inscrição como Património Cultural Imaterial das festas comunitárias portuguesas, na vila de Campo Maior, na região do Alentejo, foi aprovada ao início desta tarde, na 16.ª reunião do Comité do Património Mundial da UNESCO, que está a decorrer em Paris (França), até sábado.
Tradição secular e realizadas pela última vez em 2015, as Festas do Povo de Campo Maior são conhecidas por apresentarem dezenas de ruas, sobretudo no centro histórico, “engalanadas” com milhares de flores de papel, feitas pela população de forma voluntária.
Esta tradição, identitária de Campo Maior, tem vindo a ser transmitida de geração em geração, oralmente e de forma informal, com os mais velhos a ensinarem aos mais novos os segredos da elaboração das flores que ornamentam os espaços públicos da vila.
A candidatura à UNESCO foi promovida pela Câmara, AFPCM e a Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo.
“O povo campomaiorense está de parabéns. Todos aqueles que até hoje trabalharam nestas festas, todos aqueles que têm muita vontade de continuar a trabalhar nelas, os campomaiorenses de uma maneira geral, estamos todos de parabéns”, congratulou-se o autarca de Campo Maior, Luís Rosinha."

Campo Maior prestou homenagem à "Zezinha" no Centro Cultural


Campo Maior prestou homenagem à "Zezinha". O Centro Cultural de Campo Maior recebeu no dia 13 de dezembro uma homenagem a Maria José Granadeiro, conhecida por todos por "Zezinha", uma das caras mais conhecidas do ATL Arco-Íris e da Casa do Povo, falecida no passado dia 29 de novembro.
A homenagem, contou com a presença de familiares, amigos, colegas de trabalho e inúmeros antigos utentes do ATL, nos quais a Zezinha deixou a sua marca.
Foi um momento bastante emotivo para todos os presentes de todos os quadrantes, mostrando desta forma a importância desta campomaiorense para toda a comunidade.







Dois detidos em flagrante pela GNR por furto de azeitona em Campo Maior


O Comando Territorial de Portalegre, através do Posto Territorial de Campo Maior, no dia 10 de dezembro, deteve em flagrante um homem e uma mulher de 56 e 55 anos, respetivamente, por furto de azeitona, na localidade de Campo Maior.
No âmbito de uma ação de policiamento direcionado aos campos agrícolas, os militares da Guarda surpreenderam os suspeitos enquanto apanhavam azeitonas sem autorização do proprietário, motivo pelo qual foram detidos em flagrante delito. No seguimento da ação, foram apreendidos os utensílios utilizados para o furto, um veículo e quatro sacas de azeitonas furtadas, que foram restituídas ao legítimo proprietário.
Os detidos foram constituídos arguidos, e os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Elvas.
A GNR recorda que se encontra a decorrer a Operação Campo Seguro, cujo objetivo é intensificar a sensibilização, o patrulhamento e a fiscalização nas explorações agrícolas e florestais em todo o território nacional, no sentido de reprimir a prática de crimes de furto de produtos e máquinas agrícolas, crimes de Tráfico de Seres Humanos em contexto laboral e prevenir a ocorrência de acidentes com veículos ou máquinas agrícolas e florestais.

Daniel Madeira é o novo Presidente da Associação de Atletismo do Distrito de Portalegre


Daniel Madeira é o novo Presidente ao vencer as eleições para os Órgãos Sociais da Associação de Atletismo do Distrito de Portalegre (AADP) para o triénio 2025/2028, realizadas, ao final do dia de ontem, 9 de dezembro de 2024, na sede da Associação.
Apesar da existência de apenas uma lista a votação, a Lista R, liderada por Daniel Madeira, uma vez que a outra lista anunciada, liderada pelo presidente cessante da AADP Luis Rodrigues, optou pela não formalização da candidatura, os clubes filiados não se abstiveram de marcar presença neste ato eleitoral e confirmaram o seu apoio e confiança na Lista R, marcando presença 20 clubes na votação, elegendo a lista R com 122 votos, de um total de 126. Tornando esta uma das eleições mais participadas da história da associação que regulamenta e promove o atletismo em todo o distrito de Portalegre.
Questionado, o presidente eleito Daniel Madeira disse: " É com responsabilidade e sentido de dever que vamos abraçar este desafio de dar um recomeço ao atletismo do Alto Alentejo. Temos uma equipa motivada e trabalhadora que dá garantias a todos os associados e demais agentes desportivos da capacidade de elevar o atletismo na região aos patamares de onde nunca deveria ter saído. Só com trabalho em equipa, conseguiremos alcançar o objectivo".
Daniel Madeira concluiu com um agradecimento aos atuais órgãos sociais, "pelo tempo dispensado à associação."
A cerimónia de tomada de posse irá realizar-se no próximo domingo, dia 15 de Dezembro de 2024, pelas 18 horas no convento de Nossa senhora da Luz, no Largo Serpa Pinto em Arronches.

Torneio de Natal da Associação Distrital de Judo de Portalegre realiza-se em Campo Maior


No próximo sábado, dia 14 de dezembro, pelas 14,30 horas, vai ter lugar no Pavilhão Rui Nabeiro em Campo Maior, o Torneio de Natal em Judo da Associação Distrital de Judo de Portalegre
Esta iniciativa conta com a organização do Sporting Campomaiorense e Casa do Povo de Campo Maior, instituições que possuem atletas a praticar esta modalidade.
A Associação Distrital de Judo de Portalegre, a Federação Portuguesa de Judo, o Município de Campo Maior, as Juntas de Freguesia de Expectação e de São João Baptista, bem como a Delta Cafés, patrocinam esta torneio.

“Vivemos enamoradas da nossa forma de vida” Monjas de Campo Maior à Rádio Renascença


Joana Filipa da Silva, de 31 anos, é uma das 20 monjas de clausura da Ordem da Imaculada Conceição. Em entrevista à Renascença, a partir do Mosteiro de Campo Maior, fala do crescimento de vocações que têm recebido e dos preparativos para a celebração do 8 de dezembro, que culminam com uma grande procissão e a inauguração de um presépio que pode ser visitado até 2 de fevereiro.

A relação de Portugal com a Imaculada Conceição existe desde os alvores da nacionalidade. Algumas crónicas dizem que D. Afonso Henriques andava sempre acompanhado de uma imagem da Imaculada e que posteriormente, em 1149, a ofereceu ao Mosteiro de São Vicente, em Lisboa. Na Torre do Tombo há um documento com a representação da Imaculada, datado de 1189.
A devoção espalhou-se capilarmente pelo território português, incluindo o Alentejo, no século XIII, já no reinado de D. Dinis. A Universidade de Coimbra, fundada em 1290, reconheceu desde logo a concepção Imaculada da Virgem Maria, ao ponto de exigir que os professores só pudessem ensinar se jurassem perante uma imagem da Virgem da Mãe de Jesus. D. Nuno Álvares Pereira - Condestável do Reino de D. João I, Mestre de Avis, e que hoje a Igreja venera como S. Nuno de Santa Maria - foi o primeiro a erigir uma igreja dedicada à Senhora da Conceição.
Esta devoção foi-se espalhando por toda a Península Ibérica, sobretudo através da ação dos franciscanos, e foi neste contexto que viveu Santa Beatriz da Silva, uma portuguesa nascida em Campo Maior, em 1424, e que após muitas vicissitudes fundou, nos finais do século XV, a Ordem da Imaculada Conceição – a ordem de clausura das irmãs concepcionistas.
Após a restauração da nacionalidade, em 1640, D. João VI decide confiar à Imaculada Conceição a soberania de Portugal e em 1646 coroou-a Rainha de Portugal. Desde então, nunca mais os reis portugueses usaram coroa e mesmo depois da instauração da República a devoção à nobre padroeira continuou.
Sôr Joana Filipa da Silva, de 31 anos de idade, é uma das 20 monjas que vivem nesta altura no Mosteiro de Campo Maior, e falou com a Renascença sobre a congregação e sobre a Solenidade de 8 de dezembro, que assinalam sempre de forma especial.

ENTREVISTA

Começo por lhe perguntar o que é a Imaculada Conceição?

A Imaculada Conceição é Nossa Senhora no mistério da sua total pureza e da sua total ausência de pecado. Imaculada significa 'sem mácula', ou seja, sem mancha, e dizem-nos as nossas Constituições que "estreitamente unida a Cristo, Maria foi predestinada desde toda a eternidade para ser a Mãe de Deus e para isso foi enriquecida desde o primeiro instante da sua concepção com uma santidade inteiramente singular.
Maria foi concebida sem pecado e em momento algum da sua vida, por desígnio de Deus e em previsão dos méritos futuros da morte de Cristo, conheceu o pecado. E este é um dogma que foi aprovado pela Igreja pelo Papa Pio IX em 1854.

E que está muito ligado ao início da vossa Ordem. Qual é o carisma da vossa congregação?

O nosso carisma é, como também dizem as nossas Constituições, o serviço, a contemplação e a celebração do mistério de Maria na sua Imaculada Conceição. Para tal, procuramos viver as atitudes de Maria no seguimento de Cristo.
Desde a nossa clausura, e como concepcionistas, somos chamadas a viver como hóstias vivas, entregando-nos em oração incessante por toda a humanidade.

E em que é que a vida de Santa Beatriz da Silva vos inspirou?

A vida de Santa Beatriz inspira-nos, em primeiro lugar, pela sua espera perseverante. Esperou 30 anos para saber a vontade do Senhor a respeito da fundação da Ordem. Depois também pelo seu silêncio e ocultamento, que mais de 500 anos depois continua a falar, porque Santa Beatriz não nos deixou uma única palavra. E ainda também pelo seu cuidado maternal e fraterno com as irmãs, que foi uma característica muito forte que nos deixou para nós.

Além de ser Rainha dos Portugueses, que importância tem a Imaculada Conceição na vossa vida? Também é Rainha para as irmãs?

Sim, é isso mesmo, também é a nossa Rainha. E, como dizia anteriormente, é o nosso modelo de vida a imitar, a contemplar, a celebrar. Sabemos que Jesus é o centro da nossa vida, mas nós chegamos até ele na medida em que procurarmos imitar as atitudes de Maria, também desde a sua total pureza e santidade.

"Todos os anos construímos um presépio muito grande na igreja do nosso Mosteiro, que está aberta ao público, e que é inaugurado precisamente no dia da Imaculada"

Quais são os sinais distintivos da ordem da Imaculada Conceição? Fale-nos um pouco do vosso tipo de vida, hábito, regras, da tradição dos presépios…

Temos, em primeiro lugar, a regra própria, que foi aprovada pelo Papa Júlio II em 1511 - somos uma ordem estritamente feminina, não temos ramo masculino. Depois, a cor do nosso hábito - é branco e temos o manto azul, que foram pedidos por Nossa Senhora Santa Beatriz. O branco simboliza a pureza de alma, o azul evoca o céu e recorda-nos que somos chamadas a viver para a eternidade.
Outro sinal também muito distintivo é a nossa forma de vida em clausura - estamos retiradas do mundo para nos entregarmos pelo mundo. Outro é a fraternidade e a vida comunitária, que é uma característica mesmo muito forte na nossa Ordem. Apesar de vivermos todo dia em silêncio, fazemos tudo em comum.

Falou dos presépios.... essa é uma característica muito própria da nossa comunidade aqui de Campo Maior. Todos os anos construímos um presépio muito grande na igreja do nosso Mosteiro, que está aberta ao público, e que é inaugurado precisamente no dia da Imaculada. E aproveito também para convidar todas as pessoas que quiserem visitá-lo, que podem fazê-lo (de 8 de dezembro) até dia 2 de fevereiro.

"O dia 8 de dezembro é impressionante, porque é o dia em que mais pessoas vêm à igreja
aqui em Campo Maior, e ao Mosteiro também."

E como é que preparam a celebração do Dia de Nossa Senhora da Conceição? Que outras iniciativas têm e como é que vivem esta semana?

Neste semana preparamos sempre a Solenidade com uma novena, aberta ao público também, à noite. Temos a novena ao longo de toda a semana, no dia 8 temos a Missa na igreja do Mosteiro, e à tarde a procissão. É uma grande procissão, sai a Nossa Senhora no andor.
Esta imagem de Nossa Senhora da Conceição, que está na nossa igreja, já era venerada aqui pelo povo de Campo Maior quando as irmãs vieram fundar o Mosteiro, que estava em ruínas, apenas o altar de Nossa Senhora estava mantido e tinha culto todos os sábados. É essa a imagem que ainda hoje sai em procissão, e que as pessoas veneram já desde 1942.

Há muita participação na celebração deste dia, que em tempos em Portugal já foi o Dia da Mãe?

Sim, sim! O dia 8 de dezembro é impressionante, porque é o dia em que mais pessoas vêm à igreja aqui em Campo Maior, e ao Mosteiro também. 

"Somos muito procuradas. As pessoas vêm até nós, ou enviam-nos e-mails,
telefonam a pedir orações todos os dias. Todos os dias!"

Voltando ao vosso carisma, neste mundo que é tão apressado e tão barulhento, muitos interrogam-se se a vossa vida de clausura não será uma fuga… Como é que responde?

Seria impossível viver em fuga esta forma de vida, aqui, fechadas 24 sobre 24 horas com as mesmas pessoas. Somos 20 mulheres aqui, era impossível. E em silêncio!
O que eu tenho visto é que, pelo contrário, este silêncio leva-nos ao encontro com Deus, connosco próprias, na verdade daquilo que nós somos e com as irmãs. E também nos faz perceber que, muitas vezes, essas fugas se escondem e se disfarçam muito melhor no meio dos barulhos do mundo.

Falou em 20 irmãs a viverem nesta altura aí. Houve um aumento de vocações no vosso mosteiro?

Sim, nos últimos anos, graças a Deus, têm vindo mais jovens. Este aumento de vocações é pura graça de Deus, não é mérito nosso. Nós procuramos apenas ser o mais fiel e viver de forma mais autêntica possível a nossa forma de vida. O resto é o Senhor que faz. E nós também – e isto sim, acho que é bom transmitir - vivemos muito enamoradas da nossa forma de vida. É uma coisa que acho que naturalmente passa a quem nos visita, e que é bom também frisar.

Posso perguntar-lhe como é que foi consigo? O que é que a atraiu a ser monja de clausura?

O que me atraiu foi a alegria autêntica que eu senti nas irmãs quando as visitei pela primeira vez, e senti que queria viver também essa alegria que elas transmitiam. Além disso atraiu-me também o silêncio e o mistério do ocultamento que as grades do locutório escondem, e foi isso que me fez vir.

"Estamos retiradas do mundo para nos entregarmos inteiramente pelo mundo, pelas pessoas que não podem rezar, que não sabem rezar, que não conhecem o Senhor, ou que não têm tempo"

Em muitos momentos também são procuradas pelos crentes para pedir a vossa ajuda? Estou a recordar-me, por exemplo, quando foi a pandemia, em que dinamizaram vários momentos de oração, até pelos profissionais de saúde…

Sim, somos muito procuradas. As pessoas vêm até nós, ou enviam-nos e-mails, telefonam a pedir orações todos os dias. Todos os dias! E mesmo as irmãs que estão a atender na portaria dizem que às vezes o locutório é mais um confessionário do que os confessionários das igrejas, porque as pessoas vêm aqui desabafar e pedir conselhos e orações. Muito, mesmo.

E as irmãs estão sempre disponíveis?

Sim, na medida do possível.

Portanto, estão em clausura, mas não estão fechadas ao mundo?

De todo! Estamos retiradas do mundo para nos entregarmos inteiramente pelo mundo, pelas pessoas que não podem rezar, que não sabem rezar, que não conhecem o Senhor, ou que não têm tempo, porque a forma de vida no mundo às vezes nem sempre permite ter tanto tempo para rezar. Estamos cá para nos entregarmos por todas essas intenções.

O que aconselha a quem queira conhecer-vos melhor e ter a vossa ajuda?

Primeiro, que não tenham medo de nos contactar e de vir até nós. Depois, que não tenham medo de escutar a palavra do Senhor, que é palavra de amor e de salvação. E, por fim, que não tenham medo de arriscar seguir o convite de Jesus, que diz 'vinde e vereis'. E nós estamos cá também, na medida do possível, naquela que é a nossa forma de vida, para acolher e receber todos os que vierem até nós.
Temos um site e lá estão os contactos e o e-mail. Podem contactar-nos sempre que quiserem.


Pode ouvir a entrevista em áudio no seguinte link: ENTREVISTA

Presépio ao Vivo no Jardim em Campo Maior, animado pelo Grupo das Roncas de Elvas


Ao final da tarde de hoje, dia 8 de dezembro, teve lugar o desfile e a recriação do Presépio ao Vivo no Jardim em Campo Maior, animado com a presença do grupo das Roncas de Elvas.
Esta atividade insere-se na iniciativa do Município de Campo Maior, “Onde Tudo Se Faz Natal”, com o espírito natalício que já chegou ao Jardim Municipal, com as tradicionais decorações de Natal a assinalar esta época festiva que traz brilho, luz e cor à vida dos campomaiorenses.