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Badajoz dá impulso à Eurocidade a puxar por Elvas e Campo Maior

Ricardo Pinheiro (Campo Maior), Francisco Javier Fragoso (Badajoz) e Nuno Mocinha (Elvas), os autarcas da Eurocidade

O presidente da câmara de Badajoz acaba de dar um “impulso” que pode ser decisivo à concretização do projecto da Eurocidade, rubricado há cerca de cinco anos entre Elvas e Badajoz, ao qual se juntou Campo Maior, mais recentemente. A autarquia espanhola pôs em marcha um concurso que admite a contratação de uma empresa habilitada (uma assessoria externa) a criar a estrutura e a gerir parte significativa deste processo.

Segundo avançou o jornal Hoy, há muito trabalho pela frente, que se estende desde as ações de comunicação até a definitiva estrutura governativa, prevendo o contrato um investimento inicial no valor de 398 mil euros, embora a totalidade do projecto ascenda aos 968.500 euros. A Europa financia 726.375 euros, estando previsto que Badajoz participe com 180.750 euros, Elvas 33.625 euros e Campo Maior 27.750 euros. Trata-se do programa Interreg, que até há pouco tempo se designava por Poctep.
Segundo explicam ainda os autarcas, o objetivo deste projecto não visa apenas usar as instalações municipais de forma comum, mas também encontrar fundos europeus conjuntamente, sem perder de vista os investimentos privados, sendo dado ênfase ao facto da cooperação entre estes três concelhos apontar a áreas distintas entre si.
Campo Maior vai supervisionar o programa de comunicação, Elvas desenvolverá a evolução geral do projecto, enquanto Badajoz assume a sua gestão diária. Ainda assim, as várias operações que venham a ter lugar deverão ser encomendadas à assessoria externa.
Segundo já explicou o alcaide Francisco Javier Fragoso, a autarquia de Badajoz lidera o designado programa Eurobec, que vai formar um grupo técnico dedicado a elaborar um plano estratégico para assegurar a colaboração entre os três concelhos raianos, sustentado que desde que tomou conhecimento de que a Europa iria conceder fundos para apoiar este projecto não perdeu tempo em avançar. Volta a admitir que os moradores de ambos os lados da raia vão colher os benefícios que passarem a pertencer a uma eurocidade com cerca de 200 mil habitantes.
Seguem-se agora algumas ações de cooperação com a criação de uma agenda comum e eventos culturais e desportivos, estando na calha o lançamento de um cartão que identifica os cidadãos como pertencentes à eurocidade - que poderá ser utilizado nas instalações públicas dos três localidades – além da constituição de um observatório e o desenvolvimento de um plano de comunicação de uma plataforma na internet. 
O programa inclui ainda a criação de uma mesa de mobilidade laboral com representantes de várias instituições e ações de cooperação turística.
A assessoria externa terá como tarefa apoiar a câmara de Badajoz na criação da estrutura da eurocidade. Ou seja, na teoria cada cidade fica encarregada de alguma tarefa, mas, na prática, cabe à empresa desenvolver praticamente todo o trabalho independentemente da localidade a que corresponda a gestão. Segundo avança ainda ao Hoy, é a mesma empresa que também se ocupará de coordenar a informação entre as três localidades e nos dois idiomas. Igualmente, desenvolverá ainda a planificação estratégica da eurocidade, devendo também realizar um exaustivo estudo de todas as áreas. Depois deverá elaborar um plano estratégico.

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