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A região Alentejo ainda precisa do dobro da chuva para sair da situação de seca severa


Especialista do IPMA dizem que a situação é de tal forma crítica que a precipitação teria de ser intensa durante várias semanas. Abastecimento de água para o consumo doméstico não está ameaçado. Barragem do Caia a 17,6% da sua capacidade.

Será necessário chover o dobro de um ano normal para que as barragens e os aquíferos do Alentejo possam recuperar recursos e atinjam a capacidade de armazenamento satisfatória. Quem é o diz é Vanda Pires, da divisão de clima do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), relembrando que a chuva que este inverno caiu no sul do país foi insuficiente para a região sair do estado de seca severa. E se o abastecimento de água para o consumo doméstico não está ameaçado, no campo os agricultores já estão a procurar alternativas viáveis às culturas de regadio, assumindo as limitações ao milho e arroz.
O Diário de Notícias refere que o impacto que a seca severa e extrema acarreta para o Alentejo mostra-se até ao nível de Alqueva. O maior lago artificial da Europa. No que se refere á Barragem do Caia, Aristides Chinita, representante da Associação de Regantes da Barragem do Caia, confirma os tempos de crise. Em 2017 houve a necessidade de antecipar o final da campanha de rega aos 250 associados, distribuídos por uma área de 7500 hectares. Nunca tal tinha acontecido. A albufeira tinha apenas 19% da sua capacidade de armazenamento, pelo que o fim do fornecimento de água para a agricultura visou assegurar que o abastecimento doméstico a Elvas, Campo Maior, Arronches e Monforte ficava garantido para, pelo menos, três anos.
"Entre 15 de Outubro de 2017 e até há 15 dias, a barragem baixou 2 milhões de metros cúbicos com o fornecimento de água às populações, enquanto em dois períodos de chuva entraram cerca de 500 mil metros cúbicos, reduzindo as perdas para milhão e meio" - encontrava-se a 17,6% em Dezembro -, revela o dirigente, assumindo a perspectiva de que o fornecimento de água para rega "é nula".
Fonte: DiáriodeNotícias

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