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Opinião: A REORGANIZAÇÃO DA VILA APÓS A LIBERTAÇÃO, por Francisco Galego


RESTABELECIMENTO DO HOSPITAL MILITAR (1808)

“O restabelecimento do hospital militar (1) foi um dos objectos que mais fixou a atenção da Junta do Governo. Não restava desse importante estabelecimento senão a casa, por não poder ser transportada (pelos franceses quando entraram em Campo Maior em 1808); tudo o mais a ele relativo, desde camas a utensílios, tinha sido conduzido para Elvas. O despojo foi igual ao total abandono da Praça.
Na sua restauração trratou-se apenas de atender só ao principal e indispensável, limitado às camas, curativos, subsistência dos enfermos e dos servos, ou seja, providênciar o seu arranjo.
Na sua viagem à cidade do Porto em 25 de Julho de 1808, Cesário obteve da Supremo Governo Provisional, duas caixas de instrumentos cirúrgicos para uso do mesmo hospital…
Para prover à necessidade de camas, achou-se na generosidade dos comerciantes um prestante subsídio. Manuel António Gonçalves Niza fez donativo de 360 varas de pano de linho (e muitos outros fizeram as suas ofertas). Foi feito um apelo de auxílio às misericórdias das vilas já declaradas em favor de Sua Alteza Real D. João VI: Arronches, Castelo de Vide e Crato
Comerciantes de Campo Maior que contribuíram com donativos:
Manuel António Gonçalves Niza
João Fernandes
António de Matos
João de Matos
Pedro de Matos
João Nunes Ferreira
Manuel Pereira Rosado
Firmino José Da Mata
José dos Santos
E outros

REORGANIZAÇÃO DO ASSENTO

No Assento das Provisões de Boca, mandaram-se aprontar as atafonas (2) para suprir a falta dos moinhos para o caso de o inimigo infestar os campos em volta da vila.
D. José Carvajal prestou-se a ajuadar esta importante obra, fornecendo as madeiras necessárias.
Repararam-se as cavalariças dos quartéis de Cavalaria e puseram-se em condições de serem utilizadas acomodações para tropas de infantaria que se acharam inabitáveis. (3)

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(1) Já por mim referido em "post" anterior como integrado no Convento de São João de Deus.
(2) Engenhos movidos por animais de tracção, para moagem dos cereais destinados ao fabrico do pão.
(3) (Segundo João Mariano de Nª Sr.ª do Carmo Fonseca. In, Memória histórica da Junta de Campo-Maior ou História da revolução desta leal e valorosa villa, (Ed. António José de Torres de Carvalho, Elvas, 1912.

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