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Arcebispo de Évora envia Mensagem de Natal de 2016 "NATAL É TESTEMUNHO DA LUZ" (c/vídeo)

D. José Alves, Arcebispo de Évora


D. José Alves, Arcebispo de Évora, desejando Votos de Santo Natal e Bom Ano de 2017 para todos , enviou uma mensagem de Natal, que pode ler na íntegra ou, ver o vídeo no final da presente mensagem:

"Não há nenhuma quadra festiva que exerça tanto fascínio e agitação na sociedade em geral, nas famílias e nos indivíduos de todas as idades como a festa do Natal. Na sua proximidade, anima-se o comércio, oferecem-se prendas, evocam-se os amigos, enviam-se milhões de mensagens, congregam-se as famílias, enternecem-se os corações, praticam-se gestos de partilha fraterna e multiplicam-se as iluminações. Por toda a parte, a luz é o símbolo mais rico e mais generalizado para anunciar a bonita festa do Natal.
Para os cristãos, a luz é mais do que um sinal de festa. A luz criada é símbolo da luz incriada. A luz visível é símbolo da luz invisível. A luz é símbolo de Cristo, o Salvador, que nasceu em Belém, foi anunciado aos pastores por um imenso clarão que iluminou a noite e aos magos do oriente por uma estrela que os guiou até Belém. Com razão a luz é símbolo de Cristo. Pois, logo no prólogo do Evangelho, S. João O apresenta como Luz dos homens (Jo1,4). Ele próprio se definiu a si mesmo como Luz do mundo (Jo 8,12). Transmitiu aos seus seguidores a Luz da vida (Mt 5,14) e ordenou-lhes que, a exemplo de João Baptista, que não era a luz mas veio para dar testemunho da luz (Jo 1,8), também eles fizessem brilhar diante dos homens essa luz interior (Mt 5,16).
E nós podemos perguntar como se faz brilhar diante dos homens uma luz que é interior e invisível. A resposta é-nos dada pelo próprio Jesus. A luz de Deus torna-se visível aos seres humanos pelas boas obras que cada um pratica. E é esse o testemunho da luz que é esperado de todos os crentes, ao longo da vida e, nomeadamente, no tempo de Natal. Ora bem, para que o espírito de Natal não se reduza a luzes feéricas, compras e outras exterioridades, à margem do acontecimento central que é o nascimento de Jesus, não podemos deixar de lado a prática das boas obras, em favor dos outros, dos que precisam da nossa ajuda, da nossa compreensão, do nosso tempo, do nosso amor. E todos podemos realizar boas obras. Há muitos modos de as praticar. Não acabaram as guerras, a exploração, os abusos, a pobreza, os desentendimentos e tantas outras situações que esperam pela ajuda de alguém. Além disso, as boas obras não dependem da riqueza nem das qualidades pessoais ou da posição social. Só dependem da bondade do coração, que nos guia na acção e nos abre os olhos para os bons exemplos que a vida nos proporciona.
Felizmente, também existem bons exemplos à nossa volta. Recordemos alguns casos. Os muitos milhares de pessoas que colaboram de diferentes modos com o Banco Alimentar contra a Fome. Os que partilham os seus bens com outros, como aquela pessoa que me escreveu, há poucos dias: aí vai uma partilha das minhas economias deste ano, dê-lhe o destino que entender. Os que se comprometem com a defesa da vida humana, dom inviolável de Deus. Os que partilham o seu tempo com os reclusos, os doentes, os sem-abrigo, os idosos internados em lares ou isolados nas suas residências. Os que rompem o círculo familiar e dos amigos e os alargam a zonas de periferia social ou espiritual. Os voluntários que se entregam generosamente às tarefas da catequese, da liturgia, da acção social e de tantas outras formas de bem-fazer.
Enfim, existe um vasto rol de actividades gratuitas. Em tempo de Natal, faz-nos bem recordar estes bons exemplos, que nos estimulam à prática das boas obras que iluminam a vida das pessoas e se tornam testemunhos da LUZ.
Santo Natal para todos.
+José, Arcebispo de Évora"

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