Fernando Fitas, poeta e jornalista campomaiorense, venceu o XXI Prémio Literário "Manuel Maria Barbosa du Bocage", com o original "O vidro desabitado", obra centrada na actual situação pandémica que atravessa o mundo, das inquietações que nos trouxe e das preocupações que nos assolam.
Entre os cerca de trezentos trabalhos recebidos, o jurí entendeu atribuir por unanimidade atribuir o referido prémio ao conjunto de poemas enviados proo este autor alentejano, atenta a qualidade da obra e a forma como é tratada temática que há vários meses alterou as nossas vidas.
A entrega do referido prémio, promovido pela Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão, de parceria com a Câmara Municipal de Setúbal, teve lugar Domingo, 13 de Setembro, no Salão Nobre dos da autarquia setubalense, no quadro da passagem de mais um aniversário do nascimento de Bocage, patrono do referido certame literário.
Natural de Campo Maior, Alentejo, o autor desde muito novo vinculado ao concelho de Almada, iniciou a sua actividade jornalística em "O Século" em 1975, foi do quinzenário Outra Banda e chefe de redacção do Noticias de Almada (entre 2005 e 2011), colaborou ainda em diversos periódicos regionais de norte a sul de Portugal, assim como numa das rádios locais do Concelho do Seixal, assumindo a responsabilidade pela emissão de programas culturais durante vários anos.
No domínio da poesia tem várias obras distinguidas com prémios literários. Entre eles, o Prémio Agostinho Neto (União de Sindicatos do Porto/CGPT), 1999); Prémio de Poesia Cidade de Moura (1999), Prémio Literário Raul de Carvalho (2000); Prémio de Poesia e Ficção de Almada (2003 e 2014) e Prémio de Poesia Cidade Ourense (Galiza), 2017.
A sua escrita estende-se da reportagem à ficção, passando pela investigação histórica e recolha oral em alguns concelhos da Margem Sul do Tejo. Autor das obras “Canto Amargo”; “Amor Maltês”; “Cantos de Baixo”; “Silêncio Vigiado”; “Mar da Palha - reportagens”; “Histórias Associativas – Memórias da Nossa Memória”; cujo terceiro volume foi editado em 2019; “A Casa dos Afectos”; “O Ressoar das Águas”; “O Saciar das Aves”; “Alma d’Escrita –Reportagens”; “Alforge de Heranças”; “Escrevo Um Verso na Água” e “Subversiva Liturgia das Mãos”. Companheiro dos cantadores da resistência, José Afonso, Francisco Fanhais e Vitorino na Cooperativa Cultural Era Nova, tem poemas cantados por alguns intérpretes da canção portuguesa, designadamente Chiquita e Luísa Basto.
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