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Lua vermelha passou por cá. O próximo eclipse assim só ocorrerá daqui a 100 anos


A Lua ganhou uma tonalidade vermelha na noite de ontem, sexta-feira, dia 27, com o maior eclipse total de que há registo no século.
Em Portugal, o fenómeno foi “apanhado” a meio, uma vez que, quando a Lua começou a ser visível no céu, já estava totalmente na sombra da Terra. Em Campo Maior também foi possível ver este fenómeno. Durante o eclipse, a Lua ficou avermelhada em resultado da luz projectada no espaço pelo Sol.

Porque lhe chamam Lua vermelha?

Chamam-lhe vermelha, mas na verdade é mais ocre. O satélite da Terra, que inspirou poetas e românticos de todas a gerações, ganha este colorido avermelhado sempre que, em fase de Lua cheia, atravessa a sombra projectada pela Terra, quando esta se interpõe entre ela e o Sol. É um eclipse lunar total. E é o halo da atmosfera da Terra que, ao espalhar a luz do Sol em redor, contribui para o tom vermelho que a colora.
Porquê? Porque os comprimentos de onda do laranja e do vermelho são menos dispersos do que os violetas e chegam em maior quantidade à Lua. As diferentes tonalidades observadas num eclipse lunar decorrem também da saturação da atmosfera terrestre, com poeiras provenientes, por exemplo, de actividade vulcânica recente, ou de fenómenos meteorológicos de grande dimensão. Quanto maior for a quantidade de poeiras na atmosfera, mais escuros serão o eclipse e a coloração da Lua.

O que tem de particular este eclipse total da Lua?

É o mais longo do século, com a duração de uma hora e 45 minutos, o que é dois minutos a mais do que todos os outros que ocorreram desde 2000, ou que vão ainda ocorrer até 2100. Os dois minutos a mais têm sobretudo que ver com questões de geometria: na sua ronda pelo céu, a Lua passa exactamente no centro da sombra da Terra.

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