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Fernando Fitas, escritor campomaiorense, apresenta a obra "Escrevo um verso na água" no Centro Cultural da sua terra natal


“Escrevo um verso na água”, é o mais recente título de Fernando Fitas, jornalista e poeta natural de Campo Maior, cuja actividade poética tem sido objecto de reconhecimento não apenas em Portugal, onde aliás, já conquistou vários prémios, mas também além-fronteiras, como é exemplo o Prémio de Poesia Cidade de Ourense, Galiza.
A obra ora dada à estampa, versando o tema dos naufrágios ocorridos no Mediterrâneo, os quais desde a eclosão da guerra na Síria, transformaram este mar num dos maiores cemitérios da actualidade, constitui um libelo acusatória à indiferença com que o mundo tem olhado para o drama daqueles que se viram obrigados a fugir do seu país para salvar a vida.
Prefaciado por Manuel Ambrósio Sanchez, professor de literaturas latinas da Universidade de Salamanca, e ilustrado por Eduardo Palaio, é um grito de alerta contra o alheamento que tem caracterizado este problema e a intolerância com que os refugiados, em muitos casos, têm sido tratados por algumas franjas da população portuguesa, situação que assume contornos de paradoxo, pois quem a protagoniza parece esquecer-se do flagelo da emigração ocorrido em Portugal nos anos sessenta do século passado.
De acordo ainda com prefaciador “este tremendo canto, é um longo lamento pelo desenraizamento que, de um modo ou outro, todos sofremos, especialmente aqueles que, como o autor, por razões diversas se viram obrigados a abandonar a sua terra de origem e com isso perderam a ligação íntima com o espaço, com a aldeia, com a casa natal”.
Editada pela Associação Cultural e de Solidariedade Ramiro Freitas, a aludida obra, reuniu o apoio de várias entidades, entre as quais o Município de Campo Maior.

Bibliografia

Fernando Fitas
Fernando Fitas, nasceu em Campo Maior, Alentejo, em 1957. Jornalista, cidadão intranquilo por opção e poeta maltês por vocação, trabalhou em diversos jornais de âmbito nacional, dirigiu e chefiou vários periódicos regionais na Margem Sul do Tejo e colaborou em inúmeros outros, um pouco por todo o país, assim como em publicações culturais, entre elas, na Revista Literária Elipse (Galiza).
Distinguido com o Prémio Agostinho Neto (União de Sindicatos do Porto/CGPT), 1999; Prémio de Poesia Cidade de Moura, 1999/2000; Prémio Literário Raul de Carvalho (2003) e Prémio de Poesia e Ficção de Almada (2004 e 2014), figura igualmente em algumas antologias poéticas editadas em Portugal e na antologia Poetas do Mundo (Chile).
Tem publicadas as seguintes obras: POESIA: Canto Amargo (1978 - esgotado); Amor Maltês (1986 - esgotado); Silêncio Vigiado (1992 - esgotado); A Casa dos Afectos (2003 - esgotado); O Ressoar das Águas (2004 - esgotado); O Saciar das Aves, (2008)
PROSA: Cantos de Baixo (novela, 1989 - esgotado); Mar da Palha (Crónicas e reportagens, 1997 - esgotado); Histórias Associativas – Memórias da Nossa Memória; (Primeiro volume: As Filarmónicas, 2001); Recolha de histórias e vivências associativas realizada junto de ex-dirigentes e destacados associados das mais antigas colectividades do concelho do Seixal. Edição da Câmara Municipal do Seixal; Alma d’Escrita (reportagens, 2012); Alforge de heranças (Poesia, 2015).

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