O Núcleo de Treinadores de Futebol do Distrito de Portalegre denunciou à Associação Nacional de Treinadores de Futebol, ao Instituto Português do Desporto e Juventude e à Federação Portuguesa de Futebol, todos os casos reportados de agentes desportivos exercendo a actividade de treinador, em clubes do distrito de Portalegre, que irão participar nas competições organizadas pela Associação de Futebol de Portalegre, sem o respectivo título profissional de treinador de desporto.
De acordo com o Núcleo, trata-se de "uma prática ilegal de extrema gravidade, punida legalmente com coimas elevadas e suspensões devidamente reflectidas nas regulamentações desportivas e governamental".
"É lamentável que seis anos depois da famigerada lei nº 40/2012, que regula a actividade de treinador de desporto, as instituições que superintendem o futebol ainda permitam que estas práticas sejam utilizadas, desrespeitando todos aqueles que cumprem o que foi legislado entre entidade governamental, federações desportivas e associações distritais", frisa o Núcleo de Treinadores de Futebol do Distrito de Portalegre.
Mais adianta que "é vergonhoso que centenas de agentes desportivos tenham gasto milhares de euros na sua formação inicial para ficarem certificados, que muitos deles, nos últimos anos, tenham gasto centenas de euros com a formação contínua obrigatória, concluindo as 50 horas de formação indispensáveis para renovar o título de treinador e que existam agentes desportivos sem título que, semana após semana, se intitulam de “treinadores”, outros que embora sejam detentores do titulo de treinador, não têm até ao momento, qualquer crédito e que no dia 1 de Novembro, terão o seu título caducado".
O distrito de Portalegre tem mais de 250 treinadores registados na plataforma Prodesporto e viu, desde 2014, serem realizados quatro cursos de treinadores de futebol grau 1, um curso de treinador de futsal grau 1, dois cursos de treinador de futebol grau 2 e um curso de treinador de futsal grau 2. "É pois inadmissível que várias equipas não tenham treinador, prática já utilizada na época anterior e que este ano, o número de ilegalidades vá aumentar consideravelmente, com a complacência da entidade que superintende o futebol no distrito", refere a organização.
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