Segundo o ambientalista, é “um problema que se sente sobretudo nos concelhos de Avis, Fronteira, Campo Maior, Elvas e que ocorre há mais anos no Baixo Alentejo
A associação de defesa da natureza Quercus iniciou esta semana em Portalegre a ação “12 meses/12 iniciativas”, em que vai alertar para 12 problemas ambientais, um por mês e por região do país.
Em declarações à RC, Nuno Sequeira, da associação ambientalista, refere que esta ação visa sensibilizar para as questões do olival intensivo, que “pela sua grande extensão e pelas práticas que são utilizadas, acaba por ter impactos muito significativos no ambiente e coloca em causa a sustentabilidade do território”.
Segundo o ambientalista, é “um problema que se sente sobretudo nos concelhos de Avis, Fronteira, Campo Maior, Elvas e que ocorre há mais anos no Baixo Alentejo, em concelhos como Ferreira do Alentejo, Beja, Serpa e Moura”, pois está “dependente de irrigação artificial e tem densidades de plantação muitíssimo superiores às do olival tradicional, em 10 a 15 vezes mais árvores por hectares, e utiliza quantidades muito superiores de fertilizantes e produtos fitofarmacêuticos”.
Questionado sobre a relação entre o consumo de água para estas culturas intensivas e o consumo urbano, Nuno Sequeira diz que “faz prever conflitos no que tem que ver com o abastecimento de água às populações”.
“Aquilo que a Quercus propões é que o Governo tome medidas urgentes no sentido de limitar a expansão do olival intensivo”, que segundo os ambientalistas “a quota já foi atingida”, tendo “o Governo anterior garantido haveria travão a esta expansão, contudo, temos verificado nos últimos anos que isso não aconteceu”, acrescentou.
Ouça aqui as declarações do ambientalista da Quercus
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