"Quem é que ia pintar paredes para Campo Maior?"


Fundação EDP apresentou ontem os seus roteiros de arte pública. Intervenções de arte pública em Trás-os-Montes, Ribatejo e Alto Alentejo, mais precisamente em Campo Maior, estão concluídas. 

A pergunta de Carlos Cardoso ecoa como resumo e programa na sala dos Geradores da Central Tejo, no Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia (MAAT). "Quem é que ia pintar paredes para Campo Maior?". A reposta está nas 79 intervenções de arte pública, uma delas do autor da pergunta, que desde 2015 têm vindo a nascer em 40 localidades de seis regiões do país a partir de postos de transformação de electricidade, e cujos primeiros três roteiros Alto Alentejo, Ribatejo e Algarve -- foram apresentados ontem, dia 24 de Janeiro, pela Fundação EDP.
Carlos Cardoso, 19 anos, natural de Campo Maior e estudante de Ciências da Cultura na Universidade da Beira Interior, pinta na rua com o nome de Tox e foi por verem o seu trabalho, e o do colega Alexandre Gaita, que os convidaram a participar no roteiro de arte pública do Alto Alentejo. Não se considera "artista", mas agora o seu nome aparece ao lado do pintor Luís Silveirinha e de NADA, que também deixaram a sua marca em equipamentos da EDP em Campo Maior, Ouguela e Degolados.
"Foi um desafio porque é a minha terra de origem", diz Luís Silveirinha, em conferência de imprensa. "Era um desafio voltar a Campo Maior", a sua terra natal. "Havia ainda um terceiro desafio, o maior de todos, a cooperação". Cada intervenção nestas zonas do país, todas de "baixa densidade populacional", como precisou Miguel Coutinho, director-executivo da Fundação EDP, resulta do encontro dos artistas com a comunidade, em assembleias, e com artistas locais. André Clérigo e Orphão também participam nesta intervenção.

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