Notas sobre o Coreto de Campo Maior

Foto: alemcaia
O primeiro coreto de Campo Maior, foi construído totalmente em madeira, na transição do séc. XIX para o séc. XX. Foi instalado no local onde anteriormente estivera localizado o Pelourinho.
A actual Praça da República, que então se chamava Praça D. Luís, mas que o povo designava como Praça Nova, tornara-se a centro da vila substituindo nessa função o antigo Largo Barão de Barcelinhos, vulgarmente designado por Terreiro. Os mercados que aí se realizavam passaram para a Praça que se tornou também o espaço em que se realizavam as feiras, estendendo-se estas pelas ruas de S. Pedro (actual Major Talaya) e Canada (actual 13 de Dezembro), As feiras foram depois transferidas para a Avenida. 
Numa época em que a vila estava ainda cercada pela barreira fechada das suas muralhas, a Praça, era também o espaço de passeio público onde as senhoras se passeavam à noite quando o estado do tempo o permitia. O coreto foi aí instalado para animar o passeio público nos dias festivos. Campo Maior chegou a ter duas bandas filarmónicas, entre as quais existia uma grande rivalidade, pois estavam ligadas às opções políticas dos seus habitantes.
Esse coreto de madeira foi transferido para o seu actual local quando foi construída a Avenida, mas foi-lhe construída uma nova base em alvenaria. Mais tarde, o mestre Ilídio, um dos grandes "mestres ferreiros", que então existiam em Campo Maior, construiu-lhe a cobertura em ferro forjado que foi destruída para, em seu lugar ser colocado o actual coreto.
Publicado por: alemcaia | link do post


Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: O Campomaiornews activou a moderação e reserva-se ao direito de apagar os comentários abusivos e com linguagem inadequada. São impublicáveis acusações de carácter criminal, insultos, linguagem grosseira ou difamatória, violações da vida privada, incitações ao ódio ou à violência, ou que preconizem violações dos direitos humanos;
São intoleráveis comentários racistas, xenófobos, sexistas, obscenos, homofóbicos, assim como comentários de tom extremista, violento ou de qualquer forma ofensivo em questões de etnia, nacionalidade, identidade, religião, filiação política ou partidária, clube, idade, género, preferências sexuais, incapacidade ou doença;
Os comentários devem ser usados para esclarecer outros leitores sobre a actualidade ou criticar a abordagem noticiosa, recorrendo à linguagem clara e concisa. Os comentários publicados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores que, para tal se devem identificar com o nome verdadeiro.