Provisão de D. João III, no ano de 1545
Os moradores da vila fizeram “um alpendre na Praça[1] ao longo do muro em que sem vendiam as cousas dela que houver”
Concedido que “se lavrasse e se arrendasse por três anos a Defesa do Carrascal[2], um ano para o mosteiro de Santo António e os mais para as ditas despesas e que depois disto, umas casas que o concelho tinha que serviam de Audiências, e câmara que estavam dentro da vila, caíram e, que para se tornarem a fazer ordenaram com a maior parte do Povo e homens bons em Câmara que se fizessem as ditas casas junto da Praça ao longo do muro da barbacã[3], por dentro porque pouparia muito a vila e que por debaixo delas ficassem alpendres e se houver por bem que se fizessem para vender as cousas da dita vila na Praça e que por os alpendres se não poderem fazer ao longo do muro, possa vender cousa alguma sem da barbacã se derrubar o que ficar diante deles, me pedis que haja por bem que a dita barbacã se derrube e assim que se façam as Audiências[4] e Câmaras sobre eles por ser de menos custo e mais honra desta vila fazerem-se sobre os ditos alpendres em lugar onde se fazem. Havendo respeito ao que dizeis e por algumas cousas que a isto me movem, hei por bem que se façam as Audiências e Câmara sobre os alpendres que dizeis que se fazem na Praça por meu mandado para o que se derrubará a barbacã que estava defronte da dita obra e assim a barreira[5] até ao castelo sendo necessário.”
(Estêvão da Gama, Notícias da Antiguidade,Aumento e Estado Presente da Vila de Campo Maior, Texto actualizado, pág.s 177 e 178)
- Praça Velha, adjacente ao castelo que, na época, era o centro da vida local em Campo Maior.
- Na zona agora ocupada pelo Centro Escolar, pela Técnidelta e pelo Centro Cultural.
- Muro de protecção do fosso para defesa das muralhas.
- Casas destinadas às sessões do tribunal.
- Muralha exterior que se localizava no local agora ocupado pela rua que tradicionalmente foi designada como na Rua da Barreira.
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